JUDICIÁRIO
PF captura 48 foragidos pelos atos golpistas de 8 de janeiro
Golpistas foram capturados em mais uma etapa da Operação Lesa Pátria. Uma parte dos procurados fugiu para a Argentina, onde pretende pedir asilo político, cruzando a fronteira do país ilegalmente pelo Paraná
Publicado em: 07/06/2024 09:42
Polícia Federal cerca o fecho contra organização criminosa (Crédito: Arquivo/PF) |
Quarenta e oito foragidos da Justiça, por envolvimento com a tentativa de golpe de Estado em 8 de janeiro de 2023, foram capturados, ontem, pela Polícia Federal (PF) em mais uma etapa da Operação Lesa Pátria. O cumprimento de 169 mandados de prisão — expedidos pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF) — ocorreu em 18 estados e no Distrito Federal. Além das detenções, as equipes executaram a determinação para a recolocação de tornozeleiras eletrônicas nos acusados de descumprirem medidas cautelares.
Investigações da PF apontam que 65 pessoas com mandados de prisão em aberto fugiram para a Argentina na esperança de serem acolhidas como asilados políticos. De acordo com as diligências, a maioria dos foragidos entrou no país vizinho sem passar pelo controle da fronteira — muitos fugiram pelo Paraná e fizeram o trajeto a pé.
Cooperação
A PF trabalha com a inteligência argentina para o monitoramento e captura dos foragidos. Uma vez localizados, as prisões serão solicitadas às autoridades do país vizinho, seguidas da solicitação de extradição.
"Mais de duas centenas de réus, deliberadamente, descumpriram medidas cautelares judiciais ou ainda fugiram para outros países, com o objetivo de se furtarem da aplicação da lei penal. Ao longo de 27 fases, a Operação Lesa Pátria realizou centenas de prisões em face de vândalos, financiadores, autoridades omissas e incitadores dos crimes realizados no início do ano passado", destaca a PF. Entre as medidas cautelares descumpridas estão o não comparecimento à Justiça e a mudança de endereço sem que o Poder Judiciário fosse informado.
A Lesa Pátria foi deflagrada no ano passado, logo depois de os bolsonaristas invadirem e vandalizarem as sedes dos Três Poderes, em Brasília. A operação da PF tornou-se permanente.
Os casos dos presos serão analisados pelo STF. Desde o ano passado, a Corte realiza uma série de julgamentos no plenário virtual contra os golpistas. As penas variam de acordo com os delitos cometidos por cada envolvido. O descumprimento de medida cautelar pode levar o investigado para a prisão no curso do processo.
As informações são do Correio Braziliense.
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