RIO GRANDE DO SUL

Número de mortos no Rio Grande do Sul cresce para 157

Defesa Civil gaúcha atualiza o total de óbitos no estado gaúcho pelas enchentes e Santa Catarina começa registrar chuvas e alagamentos

Publicado em: 20/05/2024 09:41 | Atualizado em: 20/05/2024 11:57

Ruas do centro de Porto Alegre continuavam alagadas ontem (crédito: NELSON ALMEIDA/AFP)
Ruas do centro de Porto Alegre continuavam alagadas ontem (crédito: NELSON ALMEIDA/AFP)

O número de mortes com as fortes temporais no Rio Grande do Sul aumentou e passou para 157, ontem, conforme dados da Defesa Civil do estado. E, para piorar, o estado de Santa Catarina começa a registrar aumento no volume dos rios devido às tempestades na região.
 
As chuvas na região Sul passaram a castigar municípios do Vale do Itajaí, que registraram enchentes, quedas de barreiras e de árvores e bloqueio de rodovias ontem. O Rio Itajaí-Açu, em Blumenau, chegou a 8,61 metros às 10h, como indicou a prefeitura. No Rio do Sul, foi registrado, no sábado, o dia mais chuvoso em oito anos. Pelo menos 467 pessoas estão desabrigadas no município, que entrou em situação de emergência, como informou a Defesa Civil estadual.
 
Conforme dados do último boletim da Defesa Civil gaúcha de ontem, emitido às 18 horas, mais de 76 mil pessoas estavam em abrigos, pelo menos 581 mil pessoas estão desalojadas, mais de 12 mil animais foram resgatados. A situação é mais grave nas cidades que cercam a Lagoa dos Patos, no sul Rio Grande do Sul.
 
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, prepara um pacote de socorro às empresas gaúchas afetadas pelas chuvas e deverá apresentar ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nesta semana.
 
Bomba paulista
 
O nível do Rio Guaíba seguiu caindo na altura de Porto Alegre e, ontem, a marca oscilou de 4,43 metros, às 6h15, para 4,34m. Na tarde de domingo, o Departamento Municipal de Água e Esgotos (Dmae) instalou a primeira bomba flutuante no bairro Sarandi, na Zona Norte da capital gaúcha, para auxiliar a drenar a água que tomou conta da capital gaúcha. No total, serão nove equipamentos instalados na cidade, com capacidade para drenar cerca de 2 mil litros de água por segundo, isto é, 7,2 milhões de litros por hora.
 
O equipamento instalado ontem foi emprestado pela Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp). O governador Eduardo Leite (PSDB) e o ministro da Secretaria Extraordinária para Apoio à Reconstrução do Rio Grande do Sul, Paulo Pimenta, estão em tratativas com estados do Nordeste para conseguir mais bombas flutuantes.
 
"Esses equipamentos pesam em torno de 10 toneladas. A Sabesp disponibilizou 18 para o estado e estão vindo para Canoas e Porto Alegre", disse o diretor-geral do Dmae, Mauricio Loss. Segundo ele, as demais bombas devem chegar ainda hoje "e serão instaladas ao longo da semana por técnicos da Sabesp e do Dmae".
 
No sábado, o governador gaúcho anunciou um repasse de R$ 500 mil às cidades em situação de calamidade pública pelas chuvas e, para acessar o recurso, não será necessária a apresentação de plano de trabalho. A ideia é agilizar o envio de recursos e desburocratizar o acesso ao montante. Segundo ele, a reconstrução da ponte que conecta os municípios de Arroio do Meio e Lajeado, deverá durar, pelo menos, seis meses e o edital da obra deverá ser publicado hoje. A Empresa Gaúcha de Rodovias (EGR) será responsável pela recuperação da via.

Crimes em meio às enchentes
 
As polícias do estado prenderam 130 pessoas por crimes cometidos no Rio Grande do Sul, em meio à tragédia que afetou, pelo menos, 2,3 milhões de gaúchos.
 
Segundo a Secretaria de Segurança Pública (SSP) do estado sulista, do total de prisões, 48 foram por crimes patrimoniais e 49 pessoas foram detidas em abrigos. As demais prisões não foram detalhadas.
 
As informações são do Correio Braziliense.
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