POLÍCIA FEDERAL

Megaoperação da PF à quadrilha internacional que vendeu armas a facções no Brasil

Até o momento cinco suspeitos já foram presos no Brasil e 11 no Paraguai, entre eles um general que ocupava um alto cargo na força aérea paraguaia

Publicado em: 05/12/2023 14:35 | Atualizado em: 05/12/2023 15:10

É estimado que a quadrilha tenha movimentado cerca de 245 milhões de dólares em apenas três anos com a venda ilegal de armas para o Brasil (Foto: Divulgação)
É estimado que a quadrilha tenha movimentado cerca de 245 milhões de dólares em apenas três anos com a venda ilegal de armas para o Brasil (Foto: Divulgação)
Numa ação conjunta com autoridades do Paraguai e dos Estados Unidos, a Polícia Federal brasileira desencadeou, na madrugada desta terça-feira (5), uma megaoperação para prender membros de uma quadrilha internacional suspeita de ter vendido nos últimos três anos mais de 43 mil armas de guerra às duas maiores facções criminosas do Brasil. Até o momento cinco suspeitos já foram presos no Brasil e 11 no Paraguai, entre eles um general que até há pouco tempo ocupava um alto cargo na força aérea paraguaia.
 
Segundo a Polícia Federal, que juntamente com agentes do Paraguai e dos EUA montou uma ‘sala de guerra’ em Brasília para acompanhar o desenvolvimento da operação internacional, a quadrilha de contrabandistas de armas tinha sede no Paraguai e era comandada por um argentino, identificado pelas autoridades brasileiras como Diego Hernan Dirísio, alvo de um dos mandados de captura, mas que ainda não foi localizado. Na casa dele no Paraguai, invadida esta manhã por agentes federais brasileiros e paraguaios, foi encontrado um grande arsenal de armas de alto poder ofensivo.
 
Ao todo, a Polícia Federal cumpre, somente no Brasil, 25 mandados de prisão preventiva, seis de prisão temporária e 54 de busca e apreensão. Os agentes vão continuar a caça aos criminosos em quatro estados brasileiros, em várias partes do Paraguai e nos EUA, onde a organização criminosa lavava o imenso lucro da atividade ilegal.
 
É estimado que a quadrilha tenha movimentado cerca de 245 milhões de dólares em apenas três anos com a venda ilegal de armas para o Brasil. Os principais clientes da organização criminosa internacional eram o PCC, Primeiro Comando da Capital, maior facção criminosa de São Paulo e do Brasil, e o CV, Comando Vermelho, maior facção criminosa do Rio de Janeiro.

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