ECLIPSE

Eclipse Anular: veja em qual dia observar o eclipse solar; confira os detalhes

O Observatório Nacional transmitirá o eclipse anular do Sol para todo o mundo em uma ação de integração entre diversas instituições brasileiras e em parceria internacional com o Time and Date

Publicado em: 29/09/2023 13:07 | Atualizado em: 02/10/2023 14:34

A anularidade, onde o Sol forma um %u201Canel de fogo%u201D ao redor da Lua, será visível nos Estados Unidos, México, Belize, Guatemala, Honduras, Nicarágua, Costa Rica, Panamá, Colômbia e Brasil (A Owen/Pixabay)
A anularidade, onde o Sol forma um %u201Canel de fogo%u201D ao redor da Lua, será visível nos Estados Unidos, México, Belize, Guatemala, Honduras, Nicarágua, Costa Rica, Panamá, Colômbia e Brasil (A Owen/Pixabay)

No dia 14 de outubro de 2023, os olhos do mundo estarão voltados para o céu para observar um deslumbrante espetáculo: o eclipse anular do sol. Este fenômeno astronômico ocorre quando a lua passa entre a Terra e o sol, cobrindo a maior parte do disco solar e deixando apenas um "anel de fogo" brilhante ao redor da borda. O fenômeno será visível do Brasil, com destaque para as regiões Norte e Nordeste.

 

O Observatório Nacional, unidade de pesquisa do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (ON/MCTI), transmitirá ao vivo todo o eclipse anular do Sol por meio de uma ação de integração entre diversas instituições brasileiras e em parceria internacional com o Time and Date, organização internacional que fornece serviços relacionados ao tempo, clima, fenômenos astronômicos e fusos horários. A ação visa principalmente a transmissão ao vivo do fenômeno a partir das 11h30 (Hora Legal de Brasília) através do link: https://www.youtube.com/watch?v=SoS0tV61z9Y 

 

Através da parceria com o Time and Date, o ON vai transmitir as imagens dos observatórios internacionais do eclipse anular enquanto o fenômeno estiver acontecendo na costa oeste dos EUA, América Central e depois Colômbia. Quando o eclipse estiver acontecendo no Brasil, o Observatório Nacional transmitirá o fenômeno para o Brasil e para o mundo. Para isso, os parceiros nacionais do ON estarão em diversos locais da faixa de anularidade captando imagens em tempo real.

 

 (REUTERS/Tim Chong)
REUTERS/Tim Chong
 

 

Essa faixa de anularidade passa pelos estados Amazonas, Pará, Maranhão, Piauí, Ceará, Tocantins, Paraíba, Pernambuco e Rio Grande do Norte. As capitais estaduais Natal (Rio Grande do Norte) e João Pessoa (Paraíba) são as únicas que estão no caminho da anularidade. O eclipse será visto como parcial em todo o território nacional. Além da transmissão, os parceiros nacionais estão envolvidos com ações de divulgação locais. 

 

A anularidade, onde o Sol forma um “anel de fogo” ao redor da Lua, será visível nos Estados Unidos, México, Belize, Guatemala, Honduras, Nicarágua, Costa Rica, Panamá, Colômbia e Brasil. Em outras partes das Américas - do Alasca à Argentina - um eclipse parcial será visível.

 

O eclipse começará na parte da manhã do dia 14 de outubro e será primeiro observado na costa oeste dos Estados Unidos, no amanhecer, ou seja, o Sol estará ainda abaixo do horizonte. Com o passar das horas, o eclipse começa a ser visto nos outros países do continente americano, já mais alto no horizonte. O eclipse será visto por último no Brasil, durante o pôr do Sol. Assim, algumas regiões não poderão ver o eclipse até o final, pois este momento pode ocorrer quando o Sol já tiver se posto. 

 

Para saber se o eclipse será visível na sua região, acesse: https://www.timeanddate.com/eclipse/solar/2023-october-14. No site, é possível ver no mapa a trajetória do eclipse incluindo a faixa de anularidade e a região da parcialidade, ou seja, os locais onde o eclipse será apenas parcial. 

 

Trajetória do eclipse (Time and Date
)
Trajetória do eclipse (Time and Date )
 

 

O que é um Eclipse Anular do Sol?

 

Tanto no eclipse total quanto no anular a lua passa entre a Terra e o sol, bloqueando toda ou a maior parte da luz do sol em uma parte da superfície da Terra. A sombra mais escura, onde toda a luz solar é bloqueada, é chamada umbra. Em torno da umbra se define a sombra mais clara, a penumbra, onde a luz solar é parcialmente bloqueada e o eclipse é visto como parcial.

 

Esse tipo de eclipse ocorre quando a lua está em seu apogeu, o ponto mais distante de sua órbita da Terra, fazendo com que pareça menor do que o sol no céu.

 

A frequência com que os eclipses anulares do Sol ocorrem não é constante. O último eclipse anular do Sol ocorreu em junho de 2021, mas não foi visível do Brasil. O Próximo eclipse deste tipo, após o de 14 de outubro, ocorrerá em 02 de outubro de 2024.

 

Como observar o eclipse em segurança?

 

Ressalta-se que em hipótese alguma se deve olhar diretamente para o sol, nem mesmo com o uso de películas de raio-x, óculos escuros ou outro material caseiro. A exposição, mesmo de poucos segundos, danifica a retina de modo irreversível.

 

Existem duas formas de se observar o eclipse com segurança: direta ou indiretamente. A observação direta é aquela feita sem o uso de projeções, e pode ser feita com o uso de um instrumento especialmente adaptado para esse fim. Assim, o ideal é que se use filtros para a observação. Entretanto, também é importante o uso de filtros adequados e, mesmo assim, a observação não deve se estender por mais do que alguns segundos. A melhor opção é o filtro de soldador número 14 ou maior (ISO 12312-2).

 

É ainda mais importante ressaltar que observar o sol com algum instrumento óptico como binóculo ou telescópio só é permitido sob orientação de astrônomos experientes e que saberão os filtros corretos a serem utilizados Portanto, não utilize nenhum instrumento para a observação que não tenha sido preparado por profissionais.

 

Já a observação indireta é aquela feita através de uma projeção, sem o auxílio de qualquer instrumento óptico. (Saiba mais em: https://eclipse.aas.org/eye-safety).

 

Transmissão online do eclipse

 

Como mencionado, o Observatório Nacional transmitirá ao vivo e em tempo real todo o eclipse anular do Sol.

 

A transmissão ao vivo no YouTube para todo o mundo começará às 11h30, no Horário Legal de Brasília, e acompanhará o eclipse desde seu início na Costa Oeste dos Estados Unidos, passando pela sua chegada ao Brasil por volta das 15h, até o término do fenômeno, quando o Sol se puser no horizonte por volta das 18h (BRT).

 

A live também será transmitida para o Time And Date, que fará a retransmissão do eclipse visto do Brasil para todo o mundo.

 

Astrônomos amadores e profissionais se reunirão na “live” para transmitir o eclipse diretamente da faixa de anularidade. Além disso, conversarão com o público sobre astronomia, astrofísica, telescópios e obtenção de imagens astronômicas, como é feito tradicionalmente nas observações públicas presenciais. O público pode e deve interagir com os astrônomos, enviando perguntas e comentários através do chat da live no YouTube.

 

Link para a live no YouTube:

 

https://www.youtube.com/watch?v=SoS0tV61z9Y

 

As Coordenações Nacionais de Divulgação da Astronomia (NOC, na sigla em inglês), ligadas à União Astronômica Internacional (IAU), elaboraram uma cartilha aos países envolvidos no eclipse. O material contém explicações sobre o eclipse, informações sobre como civilizações antigas observavam o céu, incluindo fenômenos astronômicos como eclipses, e dicas para observar o eclipse em segurança. Uma das autoras do material é a astrônoma do ON, Dra. Josina Nascimento, membro do NOC Brasil. Acesse em: 

 

https://drive.google.com/file/d/1l72mkZbqcyCU4L1UbYWog8R--ZF_Xa6Y/view

 

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