OBITUÁRIO

Morre o acadêmico Tarcísio Padilha, aos 93 anos, em decorrência da Covid-19

Publicado em: 09/09/2021 13:25 | Atualizado em: 09/09/2021 13:27

 (crédito: Guilherme Gonçalves)
crédito: Guilherme Gonçalves
Morreu, na manhã desta quinta-feira (9), aos 93 anos, o acadêmico e professor Tarcísio Padilha. Ele estava internado depois de contrair covid-19. Segundo nota da Academia Brasileira de Letras (ABL), da qual Padilha era membro e ex-presidente, não haverá velório para que as regras sanitárias da pandemia sejam respeitadas.

Formado em direito, filosofia e ciências sociais, Tarcísio Padilha foi professor da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), da Pontifício Universidade Católica e da Universidade Santa Úrsula, ambas no Rio de Janeiro. Também era membro da Escola Superior de Guerra.

Padilha era ex-presidente da Sociedade Internacional de Filósofos Católicos e, segundo a ABL, foi amigo do papa João Paulo II. Em nota, o presidente da instituição, Marco Lucchesi, lamentou a morte do acadêmico. “Tarcísio encarnou a filosofia da hospitalidade e da acolhida, pondo em prática o ideal de Panikkar: o 'diálogo dialogante'. Absoluta liberdade, sem precondições, sem espaço para a colonização do Outro. Tarcísio defendeu a dupla cidadania agostiniana. Hoje habita o ponto ômega. Fonte de luz e de esperança”, disse Lucchesi.

Leia a íntegra da nota:

“A Academia Brasileira de Letras perde hoje uma de suas figuras mais queridas e admiradas: o filósofo, professor e escritor Tarcísio Padilha. Foi presidente da ABL e de inúmeras e prestigiosas instituições internacionais. Tarcísio participou da criação de universidades, fundou cátedras, cursos de pós-graduação, conquistando amigos e discípulos. Foi reconhecido como filósofo da esperança não porque a estudou, mas porque soube aplicá-la com sabedoria na sua mundivisão. Ex-presidente da sociedade internacional de filósofos católicos, foi amigo dos últimos Papas, sobretudo de João Paulo II. Tarcísio encarnou a filosofia da hospitalidade e da acolhida, pondo em prática o ideal de Panikkar: o "diálogo dialogante". Absoluta liberdade, sem precondições, sem espaço para a colonização do Outro. Tarcísio defendeu a dupla cidadania agostiniana. Hoje habita o ponto ômega. Fonte de luz e de esperança.”
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