CASO HENRY

Mensagens da babá revelam que mãe sabia que Dr. Jairinho agredia filho

Publicado em: 08/04/2021 14:43 | Atualizado em: 08/04/2021 14:47

 (Delegado responsável pelo caso destacou que Monique não denunciou as agressões e que mentiu para proteger o namorado. Foto: Reprodução/Redes sociais)
Delegado responsável pelo caso destacou que Monique não denunciou as agressões e que mentiu para proteger o namorado. Foto: Reprodução/Redes sociais

A Polícia Civil do Rio de Janeiro afirmou, nesta quinta-feira (8), que a mãe de Henry Borel, 4 anos, sabia que o filho era agredido pelo padrasto, Dr. Jairinho, e nada fez a respeito. As agressões ocorriam pelo menos desde 12 de fevereiro. A criança morreu em 8 de março com diversas lesões no corpo. 

Uma troca de mensagens entre Monique, a mãe de Henry, e Thayná de Oliveira Ferreira, babá da criança, descreve em tempo real a suposta agressão praticada por Dr. Jairinho, padrasto da criança, no dia 12 de fevereiro.

A conversa havia sido printada do WhatsApp de Monique, as imagens foram apagadas, mas a polícia conseguiu recuperar as imagens através de um software israelense chamado Cellebrite Premium.

 (Troca de mensagens entre Monique Almeida e Thaina Ferreira, babá de Henry. Foto: Reprodução

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Troca de mensagens entre Monique Almeida e Thaina Ferreira, babá de Henry. Foto: Reprodução


De acordo com o relato da babá, Dr. Jairinho e Henry ficaram trancados dentro de um dos cômodos do apartamento com o volume da televisão alto. Logo após a saída do local, a criança mostrou os hematomas para Thayná e contou que levou uma rasteira e chutes, além de reclamar de dores no joelho e na cabeça. Durante a troca de mensagens, Monique demonstra estranheza pela presença de Jairinho no apartamento naquele horário.

Apesar disso, a mãe não fez denúncia contra Dr. Jairinho e em depoimento disse que o convívio familiar era harmonioso. A babá também mentiu em testemunho ao dizer que não sabia das agressões. Ela será investigada por falso testemunho. 

"A mãe não comunicou à polícia, não afastou o agressor de uma criança de quatro anos. Ela esteve em sede policial, prestando depoimento por 4 horas, dando uma declaração mentirosa e protegendo o assassino do próprio filho. Ela aceitou esse resultado. Ela se manteve firme ao lado dele, mantendo uma versão absolutamente mentirosa", disse o delegado.

O delegado Henrique Damasceno considera os prints uma prova relevante na investigação, que indica homicídio duplamente qualificado por tortura e emprego de recurso que impossibilitou a defesa da vítima.
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