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Ubook oferece audiobooks gratuitos de clássicos nacionais e internacionais

Publicado em: 21/01/2021 19:42

 (Foto: Reprodução)
Foto: Reprodução
O aplicativo Ubook, de áudio entretenimento, disponibilizou gratuitamente, por tempo indeterminado, audiobooks de grandes escritores, entre clássicos nacionais e internacionais. Virginia Woolf, Sun Tzu, Machado de Assis e Fernando Pessoa são alguns dos nomes. A lista completa pode ser conferida por meio site. Para acessar o conteúdo, os interessados precisam fazer um cadastro simples. Confira os principais títulos, narrados em português.

Autores brasileiros e portugueses

O crime do padre Amaro (Eça de Queirós) 
Um novo pároco, recém-saído do seminário, chega à cidade de Leiria. Lá, Amaro tem a oportunidade de exercer tudo o que aprendeu sobre o catolicismo, entretanto logo encontra empecilhos para a pregação. O jovem padre se hospeda na pensão de S. Joaneira e tem sua atenção despertada por Amélia, a bela filha de sua senhoria. Após algumas trocas de olhares, Amaro e Amélia engatam um proibido e perigoso romance.

A relíquia (Eça de Queirós) 
Teodorico Raposo, o narrador e protagonista da história, tenta explicar ao leitor os motivos que o levaram a escrever suas memórias, usando como justificativa a crença de que tais memórias contêm uma lição lúcida e forte da vida, merecendo a perpetuação que a literatura propicia. A trama se baseia em uma viagem de Teodorico ao lado de Topsius, amigo letrado do narrador que escreve um livro sobre a aventura. Raposo conta com sinceridade os casos de sua vida que tiveram como consequência mudanças significativas, e acaba por revelar a verdadeira razão de sua escrita: explicar a natureza e o conteúdo do que levava em dois embrulhos de papel, fato registrado por Topsius em seu livro e que atormentou Teodorico.

A hora do diabo (Fernando Pessoa) 
Numa atmosfera onírica, Maria, ao voltar de um baile de carnaval, depara-se com um homem que lhe faz voar por sobre o mundo e provoca-lhe questionamentos. O misterioso personagem revela ser o diabo encarnado, criatura sem idade e sem sexo, e desabafa com Maria sobre o fardo de ser Satanás. Escrito por Fernando Pessoa em sua juventude e resgatado do espólio do autor na Biblioteca Nacional de Portugal, aqui narrado pela atriz portuguesa Ana Sofia Paiva, A hora do diabo é um conto que gera reflexão e exibe outra faceta do talento peculiar do mestre.

O cortiço (Aluísio Azevedo) 
O cortiço, romance de Aluísio Azevedo publicado em 1890, é considerado um exemplo de obra característica do movimento naturalista. Ele retrata a vida dos moradores de um cortiço, típica habitação coletiva do Rio de Janeiro do século XIX. O proprietário do local, João Romão, está disposto a tudo para enriquecer e ascender socialmente. Além de dono do cortiço, também possui uma taverna e uma pedreira e explora seus empregados, incluindo sua amante, a escrava Bertoleza. O livro descreve as relações entre a burguesia e as classes menos favorecidas, e explora as características físicas e morais de seus personagens, movidos pelo desejo e ambição.

O alienista (Machado de Assis) 
Simão Bacamarte é o protagonista. Médico conceituado em Portugal e na Espanha instalou-se em Itaguaí, onde funda a Casa Verde, um hospício e decide enveredar-se pelo campo da psiquiatria. Inicia um estudo sobre a loucura e seus graus, classificando-os, e nesse ínterim passa a internar todas as pessoas da cidade que ele julgue loucas; o vaidoso, o bajulador, a supersticiosa, a indecisa. Uma história cômica apesar da densidade do contexto apresentado pelo autor.

Dom Casmurro (Machado de Assis) 
A história se passa por volta de 1857, na cidade do Rio de Janeiro. O narrador realiza uma trajetória pelos bairros e ruas do Rio, desde o Engenho Novo, onde escreve sua obra, até a Rua de Matacavalos, onde passou sua infância e conheceu Capitu (Capitolina). Trata-se de uma pseudo-biografia de um homem envelhecido que parece preencher sua solidão com a recordação de um passado que marca seu sofrimento pessoal. O título da obra reflete tal ideia: Casmurro é um termo referente ao homem calado e metido consigo. O “Dom” é uma ironia, pois atribui importância, destaque a este homem isolado.

Memórias póstumas de Brás Cubas (Machado de Assis) 
Pertencente a uma família abastada do século XIX, Brás Cubas narra primeiramente sua morte e enterro onde apareceram onze amigos. Por conseguinte, ele relata diversos momentos de sua vida, desde eventos da sua infância, adolescência e fase adulta. O texto é de autoria do imortal Machado de Assis, que escreveu grandiosas obras em quase todos os segmentos. O autor é considerado um marco para a história da literatura brasileira.

A escrava Isaura (Bernardo Guimarães) 
O romance escrito por Bernardo Guimarães em 1875, foi o grande sucesso que permitiu que o autor se tornasse um dos mais populares romancistas de sua época. A escrava isaura é um manifesto antiescravagista e libertário que conquistou a imaginação popular perante as situações intoleráveis de uma sociedade imperialista. Na história, Isaura é branca e virginal, e possui um caráter nobre. Apesar de escrava, foi educada como uma dama da sociedade.A heroína tem que lidar com a perseguição de Leôncio, as propostas de Henrique, e as desconfianças de Malvina. A fama do livro de Bernardo Guimarães chegou a ser reconhecida pelo imperador do Brasil, Dom Pedro II. E foi adaptada em duas telenovelas, exibidas em 1976 e em 2004.

Autores internacionais

Um teto todo seu (Virginia Woolf)
O livro é um ensaio baseado nas palestras que a escritora fez nas Universidades de Newnham e Girton no ano de 1928, sobre a mulher e a ficção. Virginia faz aqui uma reflexão sobre como a opressão exercida sobre as mulheres, em todas as áreas, influencia a produção literária feminina. O título da obra, Um teto todo seu é uma alusão à independência financeira que deve ser almejada para que a mulher possa exercer o livre pensamento e o escrever sem submissão. É um texto necessário para compreender porque a mulher foi empurrada para a invisibilidade e como saber disso pode levá-la ao protagonismo da História.

A arte da guerra (Sun Tzu) 
A arte da guerra é um tratado militar originalmente elaborado pelo estrategista chinês Sun Tzu, e estima-se que tenha sido escrito no século IV, antes de Cristo. Durante 13 capítulos, ele aborda as melhores estratégias para se enfrentar um inimigo. Há rumores de que ele era o livro de cabeceira de líderes militares como Napoleão, Mao Tse Tung e Adolf Hitler. Atualmente, seu conteúdo é utilizado por administradores e economistas para buscar a vitória nos negócios.

O pequeno príncipe (Antoine de Saint-Exupéry)
Em O pequeno príncipe, Antoine de Saint-Éxupery, por meio do menino de cabelos cor de ouro e cachecol vermelho no pescoço, traz o olhar inocente de uma criança aos mistérios dos adultos e suas escolhas. Uma linda fábula sobre a amizade e o poder do afeto. Um audiolivro para todas as idades, para a criança que habita um pequeno planeta dentro de cada um de nós.

Um conto de Natal (Charles Dickens) 
Em meio ao frio e à neve da cidade de Londres, à véspera do natal, todos preparam-se para a celebração do nascimento de Cristo. As donas de casa ocupam-se alegremente com seus assados, os homens, ansiosos, não vêem a hora de voltar para casa, e as crianças perdem o sono pensando nos presentes. Apenas uma pessoa não parece feliz com o natal: o velho Scrooge, homem de negócios sovina, ranzinza e solitário. Ele não vê razão para tanta alegria e inquieta-se, apenas, com a folga que terá de dar a seu secretário. Mas ele recebe a visita fantasmagórica de Marley, seu falecido sócio, que se arrepende de ter passado a vida atrás do dinheiro. Ele leva Scrooge em uma viagem inesquecível para tentar salvá-lo enquanto é tempo.

Dom Quixote - volume único (Miguel de Cervantes)

Dom Quixote de la Mancha, escrito por Miguel de Cervantes, é um dos clássicos mais lidos do planeta. Teve sua publicação original em 1605, Madrid. Com as peripécias de Dom Quixote e seu fiel escudeiro Sancho Pança, Cervantes quis fazer uma crítica aos livros de cavalarias muito comuns no século XVII, mas para além da crítica ele conseguiu com que o fidalgo de La Mancha invadisse não só a literatura, estando presente em obras de outros autores, mas também a pintura, a música e o cinema. Na primeira parte, o cavaleiro andante luta com moinhos de vento e tenta salvar a imagem da Virgem Maria de seus sequestradores, entre outras aventuras encantadoras, nas quais só ele e Sancho acreditam. No segundo livro, a história de Dom Quixote e sua loucura já é bem conhecida por todos na Espanha, mas o que Cervantes nos diz nas entrelinhas é que o livro que conta a trajetória do fidalgo na cavalaria andante não passa de uma obra de ficção, abraçada por Dom Quijada e seu escudeiro como verdade absoluta. Para se divertirem à custa dos dois, nobres e plebeus criam as mais variadas situações imaginárias, enganando amo e servo. Muitos consideram essa segunda parte da história como o marco da literatura moderna.

O processo (Franz Kafka)

No clássico romance de Franz Kafka, o protagonista, Josef K,. funcionário exemplar de um banco, no dia em que completa 30 anos, é acordado em seu quarto de pensão por dois guardas que o informam que ele está detido e sendo processado, sem revelar o motivo. A narrativa prossegue sem que se saiba quem teria denunciado Josef e qual crime teria cometido, numa atmosfera de surrealidade e crescente absurdo, uma das marcas da obra de Kafka, o que gerou a expressão “situação kafkaniana”. O processo originou dois filmes de longa-metragem, um em 1962, dirigido por Orson Wells, e com Anthony Perkins no papel principal, e outro em 1993, com Kyle MacLachlan como Josef K. e direção de Steven Soderbergh.

O príncipe (Nicolau Maquiavel) 
O príncipe, escrito por Nicolau Maquiavel em 1513, tornou-se um dos livros mais lidos da história da humanidade. Descrevendo estratégias que um príncipe deveria adotar para conquistar e manter o poder, foi um marco da ciência política na modernidade. As lições de Maquiavel são utilizadas nos dias de hoje como uma reflexão sobre a liderança e a autoridade.
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