SAÚDE

Avançam testes de nova terapia contra enfisema pulmonar

Pesquisadores brasileiros testam em humanos novo tratamento para melhorar a qualidade de vida de pessoas com DPOC, conhecida como "enfisema pulmonar".

Publicado em: 24/06/2018 10:17

Os cientistas do Hemomed Instituto de Ensino e Pesquisa, conglomerado de saúde do setor privado, afirmam que a primeira fase de testes clínicos, realizados com quatro pessoas com estado avançado da Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC, conhecida como "enfisema pulmonar") foi concluída e demonstrou segurança do método. Segundo eles, a segunda fase, envolvendo vinte pacientes está em curso. Os resultados preliminares, apresentados em três congressos, no Brasil, na Itália e em Cingapura, sugerem que a abordagem é eficaz para melhorar a qualidade de vida dos pacientes graças à regeneração parcial das células pulmonares.

Diretor científico do instituto, Eliseo Sekiya diz que os pacientes tiveram nos testes seus pulmões parcialmente regenerados com a infusão de células-tronco hematopoiéticas obtidas da medula óssea e células mesenquimais obtidas a partir de tecido adiposo. "Acompanhamos os pacientes por seis meses e vamos acompanhar por mais seis, para avaliar diversos parâmetros de qualidade de vida. Já tínhamos evidências da segurança do método e agora temos também as primeiras evidências de eficácia", disse Sekiya. "Até agora, em todos os casos os pacientes que foram tratados com células-tronco apresentaram ganhos nesse aspecto. Observamos também a formação de novos vasos sanguíneos nos pulmões e uma atenuação do processo inflamatório."

Associada ao cigarro e à poluição, a DPOC será a terceira maior causa de mortes até 2030, diz a Organização Mundial de Saúde. Cerca de 64 milhões de pessoas têm a doença, que mata 3 milhões por ano. Os vinte pacientes foram divididos em quatro grupos - todos com DPOC em estágio terminal. O primeiro grupo foi submetido à terapia padrão para DPOC, como controle. O segundo recebeu tratamento com células-tronco de medula óssea, o terceiro com células-tronco do tecido adiposo e um quarto recebeu ambos os tratamentos com células-tronco. "Os pacientes foram submetidos a testes de caminhada de seis minutos - o padrão para avaliar capacidade funcional. E responderam questionários para avaliar o impacto da doença na qualidade de vida", explicou.

Agência Estado (fornecido sem crédito de autoria)
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