Indenizações Massacre em Janaúba completa dois meses: mulher e 4 crianças internadas Após quase dois meses internada, a auxiliar de professora Jéssica Santos não resiste aos ferimentos e se torna a 12ª vítima do massacre

Por: Correio Braziliense

Publicado em: 05/12/2017 07:30 Atualizado em:

Dois meses após a tragédia em Janaúba: famílias devem receber indenizações. Foto: Luiz Ribeiro/EM
Dois meses após a tragédia em Janaúba: famílias devem receber indenizações. Foto: Luiz Ribeiro/EM
O massacre na creche Gente Inocente, em Janaúba (MG) completa dois meses nesta terça-feira (5/12). Nessa segunda-feira (4/12), o número de mortos subiu para 13, com a morte da auxiliar de professora Jéssica Morgana Silva Santos, de 23 anos, que estava internada em estado grave na Santa Casa de Montes Claros. O óbito foi confirmado pela Prefeitura de Janaúba. O incêndio criminoso provocado pelo vigia Damião Soares dos Santos, de 50 anos matou ainda nove crianças e a professora Heley Abreu Batista, de 43 anos, que perdeu a vida tentando salvar os alunos.

Em 6 de novembro, a auxiliar de professora Geni Oliveira Lopes Martins, de 63, que também trabalhava na instituição, morreu após ficar 31 dias internada. Mais de 40 pessoas ficaram feridas no incêndio que comoveu o país. Cinco vítimas seguem internadas em estado grave: quatro crianças e uma mulher.
 
Indenizações serão pagas
 
Ontem, a Prefeitura de Janaúba anunciou a assinatura de um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) com o Ministério Publico de Minas Gerais (MPMG) sobre indenizações. O município vai pagar R$ 12 mil, divididos em 12 parcelas, de janeiro a dezembro de 2018, para as famílias das crianças mortas na barbárie. As pessoas que sofreram queimaduras de primeiro, segundo e terceiro graus e que tiveram “incapacidade laboral por mais 30 dias ou outra forma de lesão corporal de natureza grave ou gravíssima”, também vão receber montante igual.
 
O mesmo valor será pago às famílias da professora Heley Abreu Batista e da auxiliar Geni Oliveira. Quem teve algum tipo de ferimento terá direito a R$ 6 mil, também divididos em 12 parcelas. A assinatura do termo de conduta não impede que as famílias entrem com ações indenizatórias contra a prefeitura.


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