Distrito Federal Homem é preso por extorquir mulheres e estupro virtual Na casa do golpista, a polícia encontrou um computador com mais de 10 mil arquivos de vídeos e fotos íntimas de vítimas, que ele usava para chantageá-las

Por: Correio Braziliense

Publicado em: 11/09/2017 10:06 Atualizado em: 11/09/2017 11:37

Foto: Marcos Santos/USP Imagens
Foto: Marcos Santos/USP Imagens


Um homem de 23 anos se passava por mulher nas redes sociais para aplicar golpes e até estupro virtual contra mulheres. Ao menos cinco delas denunciaram os crimes aqui no DF, mas há indícios de que centenas de vítimas tenham sido feitas em todo o país. Ele foi preso pela Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), na cidade de Parnamirim (RN). Além de extorsão e estupro virtual, ele é acusado de armazenamento de conteúdo pornográfico de menores e lavagem de dinheiro. 

De acordo com a polícia, ele montavam perfis falsos como se fosse uma mulher, no intuito de conquistar a amizade delas. Depois que ganhava a confiança da vítima, ele fazia propostas de troca de vídeos e fotos íntimas. Depois que conseguia o material, o criminoso se revela como homem e passava a extorquir as vítimas, além de exigir condutas sexuais das vítimas sob a ameaça de divulgar o material, o que caracterizou o estupro virtual. 



No Distrito Federal, as vítimas que registraram ocorrência são três mulheres e duas adolescentes. A prisão dele em Parnamirim ocorreu durante cumprimento de mandado de busca e apreensão e de prisão temporária na Operação Apáte - espírito da mitologia grega que personificava o engano, o dolo e a fraude. Mais de 10 mil arquivos de vídeos e fotos foram identificados pela polícia no computador do suspeito. Após a prisão, o homem foi trazido para Brasília, onde permanece preso.

Segundo a delegada Sandra Gomes, a investigação deve continuar para identificar mais vítimas, principalmente por conta da grande quantidade de material encontrada com o criminoso, que indica a existência de inúmeras vítimas. Ainda de acordo com a delegada, os crimes seguiam sempre o mesmo padrão. O homem se apresentava às vítimas como mulher. Para isso usava vários codinomes, como Gabriela, Gabrielle ou Gabi. Com as duas vítimas menores de idade do Distrito Federal, ele disse inclusive que tinha menos de 18 anos, para ajudar a ganhar a confiança delas. Depois disso, ele fazia propostas de troca de vídeos e fotos íntimas e, quando conseguia o material, se revela como homem e passava a extorquir as vítimas, além de exigir condutas sexuais das vítimas sob a ameaça de divulgar o material, o que caracterizou o estupro virtual. 


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