Generosidade Após ação bem-sucedida, jovem com Síndrome de Down quer doar perucas arrecadadas Campanha de Kaique repercutiu no Facebook e rapaz poderá ajudar pessoas com câncer

Por: Klisman Gama

Publicado em: 22/09/2017 22:05 Atualizado em: 22/09/2017 22:25



Kaique José, de 23 anos, já teve sua história contada no Diario de Pernambuco. Ele juntava lacres de latinha, visando arrecadar dinheiro para comprar uma peruca para a tia, que tinha câncer e perdeu os cabelos. A campanha contou com a ajuda de diversas pessoas de outros estados, incluindo Pernambuco, e o mineiro de Belo Horizonte pôde arrecadar o suficiente para comprar dez perucas. Nesta semana, Kaique anunciou em seu Facebook que está querendo doar as dez perucas compradas com o dinheiro da venda dos lacres. Ele irá doar para pacientes de um hospital do câncer na capital mineira. Em janeiro, a equipe do Diario conversou com a enfermeira Lays Leão, irmã de Kaique, para conhecer mais sobre a história dele e de sua iniciativa.


O começo
 
"Kaique tinha um amigo, o Bryan, que vivia em cadeira de rodas e também tinha Síndrome de Down. A ideia de meu irmão surgiu quando ele ficou sabendo que era possível vender garrafas pet cheias de lacres de latinhas. Com o dinheiro, ele pretendia ajudar o amigo", conta Lays. Infelizmente, a ajuda não foi possível. "O amigo acabou falecendo, uns três anos atrás, e Kaique ficou sem saber o que fazer com os lacres", lembra.


Durante a conversa com a reportagem do Diario, Lays enviou um áudio com a voz de Kaique. Com algumas limitações na fala, ele explica os motivos de ter começado a campanha. "Ô, Lays, eu fico com dó das pessoas que têm câncer. (...) Por isso, quero juntar as tampinhas e comprar os cabelos para as pessoas que têm câncer. (...) Também fiquei com dó da minha tia Adelaide. Aí estou fazendo essa campanha para doar o cabelo, tá? Fica com Deus, tchau (sic)". 

"Ele continuou juntando, mas tinha parado de pedir ajuda às pessoas, ficou só ele juntando. Ano passado, uma tia nossa teve câncer. Kaique ficou sensibilizado, porque a tia sempre teve cabelo comprido e precisou raspar a cabeça. No final do ano, ele conversou comigo dizendo que queria que eu divulgasse na internet que ele estava juntando as pets para trocar por perucas e doar ao hospital oncológico", detalha a irmã.


MAIS NOTÍCIAS DO CANAL