Acidente
Sobe para 19 o número de vítimas do naufrágio na Bahia
O corpo foi identificado como sendo de Salvador Souza Santos, de 68 anos, que estava desaparecido desde o naufrágio segundo familiares
Por: Agência Estado
Publicado em: 28/08/2017 17:16 Atualizado em: 28/08/2017 17:19
Foto: XANDO PEREIRA/AGENCIA A TARDE/ESTADAO CONTEUDO |
O Departamento de Polícia Técnica da Polícia Civil da Bahia confirmou nesta segunda-feira, que o corpo encontrado na tarde do domingo, 27, na praia de Barra do Pote, na Ilha de Vera Cruz é de mais uma das vítimas do naufrágio com a lancha Cavalo Marinho, ocorrido na última quinta-feira, 24.
O corpo foi identificado como sendo de Salvador Souza Santos, de 68 anos, que estava desaparecido desde o naufrágio segundo familiares. Com ele, sobe para 19 o número de vítimas fatais do acidente.
As buscas continuam para tentar localizar um menino de 12 anos, informou a Secretaria de Segurança Pública do Estado (SSP). A praia de Barra do Pote fica a sete quilômetros de distância do local do acidente.
"Vi muitos corpos", diz sobrevivente
Sobreviventes do naufrágio na Bahia relataram os momentos de desespero enquanto a lancha afundava. A administradora de empresas Meire Reis, de 53 anos, havia assistido, na noite anterior, às notícias do naufrágio no Rio Xingu. “Eu conversei com meu marido na quarta-feira à noite sobre o acidente com o barco no Pará. Estava triste”, contou.
Diariamente, Meire faz a travessia para Salvador. Ontem, a embarcação, programada para sair no horário, era a Cavalo Marinho I. “É uma lancha antiga, a menor delas. Roda há pelo menos uns 40 anos. Já lançaram a Cavalo Marinho II, III, com capacidade maior. Essa pega somente 129 pessoas mais a tripulação, com quatro.”
No instante em que a lancha virou, Meire diz que olhou para o teto a fim de pegar os coletes que estavam amarrados com um nó difícil de desfazer. Ela não sabe nadar. A administradora bateu com a cabeça no teto do barco, e as pessoas começaram a cair umas por cima das outras.
“Foi um desespero total. Imagina, no mar, e eu não sei nadar. Lembrei da conversa com meu marido e mergulhei. Fui me distanciado do local onde havia desespero. Nisso, eu me deparei com um bote e me segurei nele. O socorro demorou a chegar. Eu olhava e via muitos corpos no mar. Tinha criança lá. Que tragédia.”
O sonoplasta Edvaldo Santos, de 51 anos, também conseguiu se salvar e reclamou da demora das equipes de salvamento. “Um absurdo. Levaram duas horas para chegar, e estávamos próximos ao atracadouro.”
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