Prevenção Vacina contra gripe será estendida a toda a população a partir de segunda A pasta informou que a medida só é válida neste ano e foi adotada em razão da disponibilidade de um estoque de 10 milhões de doses, porém Pernambuco não deve iniciar a distribuição na mesma data

Por: AE

Publicado em: 02/06/2017 20:33 Atualizado em: 03/06/2017 15:15

O Ministério da Saúde anunciou nesta sexta-feira, 2, que decidiu disponibilizar a vacina contra a gripe a toda a população. Antes restrita ao público-alvo formada principalmente por crianças e idosos, a dose de imunização agora será ofertada para toda as faixas etárias enquanto durar o estoque. A pasta informou que a medida só é válida neste ano e foi adotada em razão da disponibilidade de um estoque de 10 milhões de doses. Em Pernambuco, por meio de nota, a Secretária de Saúde determinou que continuará atendendo apenas ao grupo prioritário. A explicação é de que o estado possui poucas doses da vacina.

 

Na primeira etapa da campanha, haviam sido vacinadas até esta sexta 41,3 milhões de pessoas. De acordo com o ministério, o Amapá foi o único Estado que atingiu a meta, com 95,6% do público-alvo vacinado. A campanha agora seguirá até o dia 9 de junho, com a meta nacional de atingir 90% desse público.

“Neste ano, tivemos poucos casos por influenza devido à baixa circulação do vírus. Em consequência disso, o público-alvo procurou menos os postos de saúde. No entanto, ainda há 10 milhões de doses de um montante de 60 milhões adquiridas. Para que não haja desperdício, já que estas vacinas só valem por um ano, decidimos estender a todas as faixas etárias, enquanto durarem os estoques.”, destacou, em nota, o ministro da Saúde, Ricardo Barros.

Até esta sexta, foram vacinados 41,3 milhões de brasileiros. A população prioritária desta campanha é de 54,2 milhões de pessoas. Desse total, 76,7% foram vacinados.

“É importante que a população da campanha se vacine neste período para ficar protegida quando o inverno chegar. A vacina demora 15 dias para fazer efeito no organismo, por isso o Ministério da Saúde planeja a campanha antes do inverno, período de maior circulação dos vírus da influenza”, destacou Carla Domingues, coordenadora nacional do Programa Nacional de Imunizações do Ministério da Saúde.

Cobertura
Os Estados com a maior cobertura de vacinação no país, até o momento, são: Amapá (95,6%), Paraná (84,9%), Santa Catarina (84 8%), Goiás (82,4%), Rio Grande do Sul (82%) e Pernambuco (81 3%). Já os Estados com menor cobertura são: Roraima (60,8%), Pará (65,3%), Mato Grosso do Sul (67,8%), Mato Grosso (68,3%), Acre (68,9%), Bahia (70,9%) e Sergipe (71,5%). Entre as regiões do país, o Sul apresenta maior cobertura vacinal, com 83,7%, seguida pelas regiões Sudeste (76,6%), Centro-Oeste (75,5%); Nordeste (74,8%) e Norte (72,9%).

Características
A vacina ofertada protege contra os três subtipos do vírus da gripe determinados pela Organização Mundial da Saúde para este ano (A/H1N1; A/H3N2 e influenza B).” A vacina contra influenza é segura e também é considerada uma das medidas mais eficazes na prevenção de complicações e casos graves de gripe”, informou o ministério. Estudos demonstram, segundo a pasta, que a vacinação pode reduzir entre 32% e 45% o número de hospitalizações por pneumonias e de 39% a 75% a mortalidade por complicações da influenza.

 

Pernambuco

O cenário no estado se difere do restante do país, uma vez que Pernambuco não dispõe de vacinas suficientes para atender ao restante da população. Apesar da orientação do Ministério da Saúde para ampliar a campanha nacional de vacinação, a Secretaria de Saúde de Pernambuco informou que a campanha continua exclusiva para os grupos prioritários dentro do estado. A campanha foi prorrogada até o dia 9 de junho.


O governo do estado afirmou que a quantidade disponível não é suficiente para atender a todos os pernambucanos e destacou ainda que a ampliação da oferta da vacina depende do envio de novas doses por parte do Ministério da Saúde.


A Secretária aegou que vai manter a vacinação somente para o público alvo por conta da pouca disponibilidade de doses. O grupo prioritário é constituído por crianças entre seis meses e quatro anos, mulheres que deram à luz há menos de 45 dias, idosos acima dos 60 nos, doentes crônicos, profissionais de saúde, indígenas e professores de ensino básico e superior em atividade.
 



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