Arboviroses País apresenta queda de 89% em casos de dengue, zika e chikungunya em 2017 Dados são levantados de janeiro até o dia 15 de abril e comparados ao mesmo período do ano anterior

Por: Diario de Pernambuco

Publicado em: 08/05/2017 12:38 Atualizado em: 08/05/2017 14:43

Em 2017, país registrou um total de 17 mortes por dengue. Foto: Fundação Oswaldo Cruz/Reprodução
Em 2017, país registrou um total de 17 mortes por dengue. Foto: Fundação Oswaldo Cruz/Reprodução

O número de casos de dengue, zika e chikungunya no Brasil caíram de forma expressiva em relação ao ano passado. Dados do Ministério da Saúde divulgados nesta segunda-feira, 8, indicam que até dia 15 de abril foram contabilizadas 113.381 infecções suspeitas por dengue - 90% a menos do que o registrado no mesmo período de 2016. A queda de registros de chikungunya também foi significativa: 68%. O anúncio aponta redução de 135.030 casos suspeitos para 43.010. Já a zika teve uma queda de 45% de casos em relação ao mesmo período, chegando a 7.911 suspeitas neste ano.

O diretor do departamento de Doenças Transmissíveis do Ministério da Saúde, João Paulo Toledo, afirmou que a maior atenção neste ano é para o aumento de casos de chikungunya no Tocantins, Rio Grande do Norte e Roraima. Apesar da elevação, o número ainda não caracteriza epidemia. 

Em 2016, foram registrados 1.180.427 casos de dengue no período da pesquisa, contra 113.381 em 2017. Foto: Ministério da Saúde/Reprodução
Em 2016, foram registrados 1.180.427 casos de dengue no período da pesquisa, contra 113.381 em 2017. Foto: Ministério da Saúde/Reprodução


Chikungunya
Dados do ano passado registraram 135.030 casos de chikungunya, contra 43.010 em 2017. Maior incidência foi na região nordeste. Foto: Ministério da Saúde/Reprodução
Dados do ano passado registraram 135.030 casos de chikungunya, contra 43.010 em 2017. Maior incidência foi na região nordeste. Foto: Ministério da Saúde/Reprodução

Já a chikungunya apresentou um total de nove mortes confirmadas dentro deste período, com maior incidência no Nordeste, contra 196 mortes registradas ao longo de todo o ano de 2016.
  
Zika
O Brasil teve 7.911 casos de zika em 2017, em contraste com 170.535 registros da doença no mesmo período do ano anterior. Foto: Ministério da Saúde/Reprodução
O Brasil teve 7.911 casos de zika em 2017, em contraste com 170.535 registros da doença no mesmo período do ano anterior. Foto: Ministério da Saúde/Reprodução

Quanto à zika, as maiores incidências foram registradas no Tocantins, com 49,6 casos a cada 100 mil habitantes e em Roraima com 23,5 a cada 100 mil. No Estado de São Paulo, foram informadas 344 infecções pelo vírus, o que equivale a uma incidência de 0,8 a cada 100 mil. A zika não apresentou nenhuma morte em 2017. No ano passado, 170.535 pessoas contraíram a doença, contra 7.911 este ano, com maior incidência na região Centro-Oeste.

Dengue

Mesmo com a redução de casos, a dengue está presente em todos os Estados do País, embora não seja identificada com nível epidêmico em nenhuma região. A maior concentração de casos está no Centro-Oeste, com 160 casos a cada 100 mil habitantes, com incidência de 281 a cada 100 mil em Goiás.

No Estado de São Paulo foram identificados 8.237 casos suspeitos de dengue, uma incidência de 18,4 - inferior à marca de 373 identificada no mesmo período do ano passado. Em 2017, foram confirmadas 17 mortes provocadas por dengue no País, enquanto o número chegou a 507 em 2016. 

No Estado de São Paulo foram identificados 8.237 casos suspeitos de dengue, uma incidência de 18,4 - inferior à marca de 373 identificada no mesmo período do ano passado. Em 2017, foram confirmadas 17 mortes provocadas por dengue no País, enquanto o número chegou a 507 em 2016.

Mortes

O ano de 2017 registrou, neste período, um total de 17 mortes por dengue, contra 507 no ano passado, sendo 2016 o segundo ano com maior número de dengue desde o início dos registros, em 1990, atrás somente de 2015. A região Sudeste concentrou o maior número de casos, representando 32,9% do total do país, embora o Centro-Oeste tenha sido a região com maior incidência: 160 casos a cada 100 mil habitantes.

No Tocantins, por exemplo, a proporção de casos é de 109,5 a cada 100 mil habitantes, um terço do que é considerado nível epidêmico. No Rio Grande do Norte, por sua vez, a proporção é de 189,8 casos a cada 100 mil habitantes, enquanto, em Roraima, a incidência é de 80,5 a cada 100 mil. Toledo informou que equipes do Ministério da Saúde foram encaminhadas para a região a fim de auxiliar nos trabalhos de prevenção.


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