Nota
Ministério da Saúde rebate supeita de que larvicida cause microcefalia
Nota técnica da Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco) apontou o produto como possível causador de microcefalia
Publicado em: 14/02/2016 16:55 Atualizado em: 14/02/2016 18:47
Produto é utilizado em caixas d'água no combate à dengue, febre chikungunya e vírus Zika. Fábio Arantes/ SECOM |
A empresa diz que o Pyriproxyfen é aprovado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para uso em campanhas de saúde pública, como "inseticida-larvicida, controlando vetores de doenças, dentre os quais mosquitos Aedes Aegypti, Culex quinquefasciatus e mosca doméstica".
"O produto é registrado desde 2004 e o Governo brasileiro o vem utilizando como inseticida-larvicida no combate ao Aedes Aegypti. Pyriproxyfen é registrado também para o combate do Aedes aegypti em países como Turquia, Arábia Saudita, Dinamarca, França, Grécia, Holanda, Espanha. Na América Latina, República Dominicana e Colômbia vêm utilizando o produto desde 2010", acrescenta a empresa.
Ontem, no Dia Nacional de Mobilização contra o Mosquito Aedes Aegypti, o Governo do Rio Grande do Sul anunciou a suspensão do uso do larvicida, apontado em nota técnica da Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco), como possível causador de microcefalia.
O produto é utilizado em caixas d'água para eliminar larvas do mosquito vetor da dengue, da febre chikungunya e do vírus Zika. "A suspeita é suficiente para nos fazer decidir pela suspensão do uso. Nós não podemos correr esse risco", disse o secretário de Saúde do Rio Grande do Sul, João Gabbardo dos Reis.
Em nota, o Ministério da Saúde disse que só usa larvicidas recomendados pela OMS. A pasta ressalta que alguns locais onde o Pyriproxyfen não é usado também registraram casos de microcefalia.
"Ao contrário da relação entre o vírus Zika e a microcefalia, que teve sua confirmação atestada em exames que apontaram a presença do vírus em amostras de sangue, tecidos e no líquido amniótico, a associação entre o uso de Pyriproxifen e a microcefalia não possui nenhum embasamento científico", disse a nota.
A pasta ressalta que o Rio Grande do Sul tem autonomia para utilizar o produto adquirido e distribuído pelo Ministério da Saúde ou desenvolver estratégias alternativas.
Saiba mais...
OMS alerta para casos de síndrome de Guillain-Barre em países com zika
Zika não compromete Olimpíada no Rio, diz Dilma
Gripe mata mais que zika vírus, diz prefeito do Rio
Princípio de incêndio em avião impede decolagem no aeroporto de Brasília
MAIS NOTÍCIAS DO CANAL
MAIS LIDAS
ÚLTIMAS