Crise hídrica
Oferta de água por habitante cai 1,5% ao ano em Campinas e mais dois municípios paulistas
Por: Agência Estado
Publicado em: 24/04/2015 15:49 Atualizado em: 24/04/2015 16:24
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A redução coloca em situação de déficit hídrico, conforme parâmetro da Organização Mundial de Saúde (OMS), 72 cidades do interior paulista, parte delas na Região Metropolitana de Campinas, e quatro cidades de Minas Gerais.
O estudo, divulgado nesta quinta-feira (23), consistiu na atualização de dados levantados em 1996 pelo pesquisador Armando Gallo, especialista em águas da Pontifícia Universidade Católica (PUC) de Campinas.
Na bacia do Alto Tietê, onde está a Grande São Paulo, a disponibilidade de água por habitante é ainda mais crítica, de 49,6 m³/s por habitante ao ano.
De acordo com o estudo, em parte há menos água por habitante porque a população aumentou de 3,8 milhões para 5,8 milhões nas 72 cidades da área do PCJ e a produção de fontes de abastecimento não cresceu na mesma medida.
Porém, o consumo de água pela indústria caiu 16,7% no mesmo período e, na irrigação, a queda foi de 66%. Já o uso de água para abastecimento público aumentou 47%, subindo de 8,4% para 12 4% nessa região.
De acordo com a gerente técnica do PCJ, Andréa Borges, a redução das demandas do setor industrial e agrícola evitou que a situação hídrica fosse ainda pior. "A cobrança pelo uso da água consolidou uma nova cultura em relação a esse bem", disse.
Para o secretário executivo do PCJ, Francisco Lahóz, o estudo torna evidente a necessidade de construir os reservatórios nas cidades de Pedreira e Amparo para aumentar as vazões dos Rios Camanducaia e Jaguari em 7 m³/s, como planeja o governo estadual.
Lahóz defende ainda a construção do reservatório do Piraí, em Salto, que atenderá a ampliação do Aeroporto Internacional de Viracopos. Nesta sexta-feira, 24, apesar das chuvas, as vazões dos Rios Atibaia e Jaguari, que abastecem a região, estavam pouco acima do nível de alerta. O Atibaia, que entra em alerta com vazão de 5 m³/s, tinha 7,66 m³/s, enquanto o Camanducaia, que é crítico a partir de 2 m³/s, estava com 3 m³/s.
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