Morte Cinzas de mineiro morto em Cuba chegam a Belo Horizonte Causas da morte de Daniel Uirapuru Guaraci ainda estão cercadas de mistério e família crê em latrocínio

Por: Rafael Passos

Por: Estado de Minas

Publicado em: 11/03/2015 14:07 Atualizado em: 11/03/2015 14:35

Daniel Uirapuru Guaraci. Foto: Facebook/Reprodução
Daniel Uirapuru Guaraci. Foto: Facebook/Reprodução

As cinzas do mineiro Daniel Uirapuru Guaraci, de 32 anos, chegaram a Belo Horizonte no inicio da manhã desta quarta-feira (11). O jovem foi morto no fim de fevereiro em Cuba e a família acredita que ele foi vítima de latrocínio - roubo seguido de morte.

Um primo de Daniel foi quem trouxe os restos mortais, que serão depositados às 16h de hoje um em túmulo no Cemitério da Paz, no Bairro Caiçara, na Região Noroeste da capital. Uma cerimônia reservada aos familiares do rapaz está prevista para às 15h, no mesmo cemitério.

ENTENDA O CASO Daniel foi para Cuba no meio de 2014 para a formatura de uma prima que estudava medicina. Depois de conhecer o país, voltou para Belo Horizonte. Em janeiro, decidiu retornar à ilha de Fidel com passagem de volta para a capital mineira já comprada para 25 de fevereiro. No fim do mês, o drama da família começou após uma ligação de Daniel contando que as coisas não estavam tão bem.

O contato do jovem foi em 18 de fevereiro. Ele conversou com a mãe por alguns minutos. “Daniel afirmou que estava sendo pressionado e que sentia que alguma coisa iria acontecer com ele. Disse que queria voltar e que se tivesse jeito anteciparia a passagem de volta”, conta um familiar, que pediu para não ser identificado. Depois desse dia, nenhum contato do jovem com os familiares foi registrado. Em 25 de fevereiro, dia marcado para o retorno, familiares foram até um aeroporto de São Paulo para receber Daniel, porém, ele não apareceu.

Na terça-feira da semana passada, o pai da prima de Daniel, que já morou em Cuba, foi até o país para tentar obter informações sobre a morte e fazer a liberação do corpo que foi levado para o Instituto Médico Legal (IML) como indigente, mas enfrentou dificuldades. “Ele esteve na Medicina Legal com o cônsul brasileiro, mas não deixaram que eles vissem o corpo. Somente um dia e meio depois é que conseguiram. O corpo estava todo maquiado, sem marcas de tiros, facadas. No pescoço esconderam marcas roxas. Tentamos trazer o corpo em caixão lacrado para fazer autópsia aqui, mas o governo cubano não deixou”, contou.

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