Decisão da justiça Juiz liberta homem considerado o maior traficante de Goiás e Entorno do DF Conhecido como Marcelo "zoio verde", ele foi preso em uma mansão de Brasília,com 200kg de pasta-base, uma pistola, uma carabina e uma metralhadora roubada da PM

Por: Correio Braziliense

Publicado em: 21/01/2015 10:57 Atualizado em:

Prisão do traficante Marcelo Gomes de Oliveira. Foto: PCGO/Divulgaçãoo
Prisão do traficante Marcelo Gomes de Oliveira. Foto: PCGO/Divulgaçãoo
O maior traficantes de Goiás e do Entorno do Distrito Federal, segundo as polícias das duas unidades da Federação, ganhou a liberdade na noite desta terça-feira (20/1). A decisão partiu do juiz federal Leão Aparecido Alves, titular da 11ª Vara Criminal de Goiânia, que concedeu o alvará de soltura a Marcelo Gomes de Oliveira.


No habeas-corpus, o magistrado argumentou somente que Marcelo é réu em dois processos, que tramitam na 1ª e na 2ª Vara de Execução Penal de Goiânia. Marcelo aguardava julgamento na Núcleo de Custódia do Complexo Prisional de Aparecida de Goiânia, na região metropolitana de Goiânia. Ele estava preso em uma cela de segurança máxima na Penitenciária Odenir Guimarães.

Conhecido como Marcelo "zoio verde", ele foi preso em uma mansão do Park Way, Brasília, em maio de 2014, após a Operação Esmeralda, que prendeu outras 14 pessoas. A ação foi realizada pela Delegacia Estadual de Repressão a Narcóticos (Denarc) de Goiás e de pela Coordenação de Repressão às Drogas da Polícia Civil do DF.

 
Arsenal
 
Na época da prisão, foram apreendidos na mansão do traficante, de 34 anos, 200 quilos de pasta-base, uma pistola, uma carabina e uma metralhadora roubada da Polícia Militar do Piauí, além de munição para fuzil.

 

De acordo com a Polícia Civil de Goiás, a quadrilha tinha duas fazendas com mais de 7 mil hectares, 1,5 mil cabeças de gado e sedes luxuosas. Na operação também foram apreendidas joias, 22 veículos nacionais e importados. Além disso, o líder do grupo era dono de um posto de combustíveis e tinha participação em uma casa de câmbio que, segundo os investigadores, fornecia dólares para o esquema.

Nomes falsos

 

 

Em 2000, Marcelo foi condenado a 21 anos de prisão por latrocínio (roubo com morte), mas, após cerca de três anos, teve progressão de pena ao regime semiaberto e fugiu. Ele voltou a ser preso em 2007 por tráfico de drogas, mas conseguiu liberdade provisória.

 

Na ocasião, Marcelo usava o nome falso de Marcelo Gomes de Aguiar. Segundo a polícia, em 2001 o traficante passou a usar o nome de José Marcelo Rodrigues de Morais. Por fim, em 2013, protocolou uma ação de retificação de nome na comarca de Aruanã, solicitando o acréscimo do prenome “José” ao seu nome verdadeiro.



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