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ATAQUES

EUA atacam mais três barcos no Pacifico e causam oito mortes

Desde setembro, Washington determinou pelo menos 26 ofensivas contra navios, que acusam de operar no tráfico de drogas no Mar do Caribe ou no leste do Pacífico

Isabel Alvarez

Publicado: 16/12/2025 às 16:06

Ataque foi anunciado na segunda-feira (15)/Handout / US Southern Command / AFP

Ataque foi anunciado na segunda-feira (15) (Handout / US Southern Command / AFP )

As forças armadas dos Estados Unidos anunciaram que atacaram três embarcações no Pacífico na noite de segunda-feira, que matou oito alegados traficantes de droga. O número de mortes pelos ataques norte-americanos já chegam a 95 desde o início da operação militar.

"Informações confirmaram que esses navios transitavam por rotas conhecidas do narcotráfico no leste do Pacífico e estavam envolvidos no narcotráfico. Um total de oito narcoterroristas foram mortos nessas operações", declarou o Comando Sul dos EUA.

Desde o começo de setembro, Washington determinou pelo menos 26 ofensivas contra navios, que acusam de operar no tráfico de drogas no Mar do Caribe ou no leste do Pacífico. No entanto, os EUA ainda não fornecerem provas de que esses barcos estivessem envolvidas em atividades criminosas, o que fizeram especialistas e a Organização das Nações Unidas a questionarem a legalidade das operações.

O Pentágono também reforçou a presença militar no mar do Caribe desde agosto, sob o argumento da luta contra o narcotráfico e os cartéis, enviando para a região em outubro o maior porta-aviões do mundo, com cerca de 5 mil militares a bordo e 75 aviões de combate, incluindo caças F-18, com uma escolta de cinco contratorpedeiros. No final de outubro, o número de soldados norte-americanos no sul do Caribe e na base militar norte-americana em Porto Rico chegou a um contingente de 10 mil militares.

A Casa Branca acusa o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, de liderar uma ampla rede de narcotráfico, o que o líder venezuelano nega categoricamente, afirmando que os querem derrubá-lo para se apoderar do petróleo do país.

A legalidade dos ataques norte-americanos em águas estrangeiras ou internacionais contra suspeitos não interceptados, interrogados e conduzidos perante a justiça tem sido criticada por ONGs de defesa dos direitos humanos, que instam a comunidade internacional a condenarem os ataques "ilegais" contra embarcações de alegados traficantes de droga.

"De acordo com o direito internacional, o uso intencional de força letal só é permitido como último recurso contra um indivíduo que represente uma ameaça iminente à vida", afirmou recentemente o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos.

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