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PRESIDENTE DOS EUA

Trump indica que os dias de Maduro no poder estão contados

O Pentágono mantêm há várias semanas um importante destacamento naval nas águas do mar do Caribe, perto da costa da Venezuela

Isabel Alvarez

Publicado: 10/12/2025 às 17:51

O presidente dos EUA, Donald Trump. (Foto de Jim Watson / AFP)/ AFP

O presidente dos EUA, Donald Trump. (Foto de Jim Watson / AFP) ( AFP)

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, na entrevista ao site Politico, publicada na terça-feira (09), foi questionado sobre até onde estaria disposto a ir para tirar Nicólas Maduro do poder. "Os seus dias estão contados", respondeu Trump, que, no entanto, também não confirmou nem descartou uma intervenção terrestre de forças norte-americana. "Não quero falar sobre isso. Por que falaria sobre isso com ao Politico, uma publicação tão hostil comigo?", alegou.

Enquanto isso, ontem dois caças F-18 dos EUA sobrevoaram as águas do Golfo da Venezuela durante cerca de 40 minutos, aumentando a pressão da Casa Branca sobre o regime de Maduro. Por outro lado, as autoridades venezuelanas não aludiram diretamente ao episódio, porém reiteraram ao longo do dia que o país continua disposto a lutar em caso de agressão.

O Pentágono mantêm há várias semanas um importante destacamento naval nas águas do mar do Caribe, perto da costa da Venezuela, avaliado por Maduro como uma ameaça que visa derrubá-lo. O ministro da Defesa venezuelano, Vladimir Padrino López, afirmou que a determinação de lutar pela liberdade do país é reforçada com armas, garantindo que a Força Armada Nacional Bolivariana (FANB) respondeu dignamente às "ameaças" dos EUA e tem um plano para reagir a nova agressão militar do imperialismo norte-americano.


Já a chefe da diplomacia venezuelana, Yván Gil, defendeu uma ofensiva revolucionária e a construção de um movimento que possa responder ao imperialismo e aliados. O presidente do Parlamento, Jorge Rodríguez, assegurou que seu país defenderá e lutará contra uma eventual agressão militar, e assegurou que Washington objetiva uma guerra para devastar a Venezuela. Rodríguez ainda acrescentou que a Venezuela sairá do Tribunal Penal Internacional (TPI) devido à "vassalagem" dos seus representantes, sustentando que os juízes daquele órgão não estão lá para fazer justiça nem para defender os direitos. Rodrigues acusa o TPI de não dizer "absolutamente nada" sobre as ameaças e a guerra psicológica" contra a Venezuela promovida pelos EUA.

O Ministério das Relações Exteriores venezuelano anunciou que Madurou manteve uma conversa telefónica com o homólogo iraniano, Masoud Pezeshkian, de quem recebeu apoio. "Todas as provocações hostis violam os princípios do direito internacional e constituem um precedente perigoso para os povos do mundo", declarou Pezeshkian, segundo informou a diplomacia venezuelana.

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