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CONTINENTE ASIÁTICO

Mais de mil pessoas morreram e centenas estão desaparecidas após inundações na Ásia

As chuvas foram causadas por diferentes fenômenos climáticos desde a semana passada

Estadão Conteúdo

Publicado: 01/12/2025 às 16:33

Kangar, Malásia/MOHD RASFAN / AFP

Kangar, Malásia (MOHD RASFAN / AFP)

O número de mortos nas inundações que atingiram o sudoeste da Ásia subiu para mais de 1,1 mil nesta segunda-feira, 1, de acordo com autoridades locais. Mais de 800 pessoas seguem desaparecidas.

Até a última atualização desta reportagem, a Indonésia havia registrado 604 mortes; o Sri Lanka, 366; a Tailândia, 176, e a Malásia, duas. As chuvas foram causadas por diferentes fenômenos climáticos desde a semana passada.

 

Indonésia

Além de 604 mortos, a Indonésia também registra pelo menos 464 desaparecidos. Nas províncias de Sumatra do Norte, Sumatra Ocidental e Achém, na ilha de Sumatra, já são mais de 290 mil desabrigados, segundo a Agência Nacional de Gestão de Desastres.

Algumas áreas do país ainda estão isoladas, devido a estradas danificadas por lama e destroços e linhas de comunicação interrompidas. Nessas regiões, a entrega de suprimentos para os moradores só pode ser realizada com a ajuda de aeronaves.

"A água chegou até o meu pescoço", disse Misbahul Munir, morador de Achém do Norte, no extremo norte de Sumatra. "A água subiu a cerca de dois metros. Todos os móveis foram destruídos. Só me restaram as roupas do corpo."

O presidente da Indonésia, Prabowo Subianto, prometeu reconstruir a infraestrutura durante sua visita às áreas afetadas e pediu mais ações para enfrentar as mudanças climáticas.

"Precisamos enfrentar as mudanças climáticas de forma eficaz", disse Prabowo. "Os governos locais devem assumir um papel significativo na proteção do meio ambiente e na preparação para as condições climáticas extremas que surgirão em decorrência das mudanças climáticas futuras."

Ele também anunciou o envio de aeronaves e helicópteros, além dos três navios militares já enviados para as áreas mais afetadas. Prabowo enfrenta uma pressão para decretar estado de emergência em meio ao desastre natural mais mortal do país desde o terremoto e tsunami de 2018, que deixou mais de dois mil mortos.

 

Sri Lanka

No Sri Lanka, ainda há 367 desaparecidos, além dos 366 mortos. Cerca de 218 mil pessoas estão em abrigos temporários. O país utilizou helicópteros militares para alcançar pessoas isoladas por inundações e deslizamentos de terra e pediu ajuda internacional.

As autoridades locais indicaram que ainda avaliam a extensão dos danos na região central do país, que foi a mais atingida. O presidente do Sri Lanka, Anura Kumara Dissanayake, declarou estado de emergência e afirmou que este é "o maior e mais difícil desastre natural" da história do país.

As perdas e os danos são os mais graves no Sri Lanka desde o tsunami que atingiu a Ásia em 2004, matou aproximadamente 31 mil pessoas e deixou mais de um milhão de desabrigados.

 

Tailândia

Na Tailândia, os primeiros pagamentos de indenização devem ser distribuídos nesta segunda, a começar com US$ 7,4 milhões para 26 mil pessoas, disse o porta-voz do governo tailandês, Siripong Angkasakulkiat.

Ele afirmou que as autoridades locais estavam trabalhando para restabelecer a infraestrutura, incluindo água e eletricidade, no sul do país, onde graves inundações afetaram 3,9 milhões de pessoas. A população, no entanto, criticou a resposta às enchentes e dois funcionários públicos foram suspensos por sua atuação inadequada.

 

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