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Após Shein, governo da França denuncia AliExpress, Temu, Wish e outras plataformas na Justiça

Plataformas digitais foram denunciadas por venderem produtos ilegais

AFP

Publicado: 14/11/2025 às 18:17

Shein /JULIE SEBADELHA / AFP

Shein (JULIE SEBADELHA / AFP)

Assim como fez com a Shein, o governo da França denunciou outras seis plataformas online, cinco delas (AliExpress, Joom, eBay, Temu, Wish) por venderem produtos ilegais, anunciou nesta sexta-feira (14) o ministro do Comércio, Serge Papin, ao jornal Le Parisien.

A unidade antifraude francesa (DGCCRF) descobriu "que a AliExpress e Joom também vendiam bonecas pedopornográficas" e que Wish, Temu, AliExpress e eBay "vendiam armas de categoria A, como socos ingleses e facões", declarou o ministro.

Além disso, Wish, Temu e Amazon — a sexta plataforma questionada — "não respeitavam suas obrigações de filtrar" as imagens de caráter pornográfico para que menores não pudessem vê-las, adicionou.

"Notificamos o procurador da República sobre todas as plataformas que ofereciam conteúdos ilícitos", explicou Serge Papin.

"No caso da Shein, também solicitamos sua suspensão perante a Justiça. Qualquer plataforma que comercialize artigos ilícitos receberá o mesmo tratamento", advertiu o ministro.

Na semana passada, o governo anunciou que havia constatado a venda de produtos ilícitos em outras plataformas além da empresa chinesa e prometeu que seriam abertos "novos processos" contra elas.

Anteriormente, descobriu-se que a Shein vendia bonecas sexuais com aparência infantil e armas de categoria A. A plataforma removeu de seu site todos os produtos ilícitos e evitou, até o momento, sua suspensão na França, mas os processos contra a empresa continuam em andamento.

O grupo deve comparecer à Assembleia Nacional (câmera baixa) na terça-feira para informar sobre controles de produtos importados para a França, mas ainda não confirmou sua presença.

A Shein abriu sua primeira unidade física em 5 de novembro nas famosa loja de departamentos BHV, no centro de Paris, e planejava abrir outras no país. Porém, estas inaugurações serão adiadas por "alguns dias ou algumas semanas" para adaptar "a oferta" e a "política de preços", indicou nesta sexta-feira o chefe da empresa proprietária da BHV, Frédéric Merlin.

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