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Ação judicial

Grupo sueco denuncia Amazon por venda de bonecas sexuais com aparência infantil

A legislação sueca proíbe conteúdos que representem crianças de forma sexualizada e a ONG indicou que a venda destas bonecas poderia infringir as leis sobre exploração sexual infantil

AFP

Publicado: 10/11/2025 às 13:37

A comercialização desses produtos em plataformas digitais pode normalizar o abuso sexual de menores e aumentar a demanda por conteúdos que exploram crianças, alerta a ONG./National Crime Agency/Divulgação

A comercialização desses produtos em plataformas digitais pode normalizar o abuso sexual de menores e aumentar a demanda por conteúdos que exploram crianças, alerta a ONG. (National Crime Agency/Divulgação)

Uma organização sueca que defende os direitos infantis apresentou, nesta segunda-feira (10), uma ação judicial contra a Amazon e outras duas plataformas de comércio eletrônico pela venda de bonecas sexuais com aparência de crianças.

A queixa sucede a ação da França de ameaçar suspender a plataforma Shein, fundada na China, por vender bonecas semelhantes em seu site, bem como armas de categoria A.

A organização sueca ChildX declarou à AFP que não deseja identificar as duas páginas menores que processou, para não direcionar tráfego a elas. Uma tem sede na Suécia e a outra na China, detalhou.

O que diz a lei sueca

A legislação sueca proíbe conteúdos que representem crianças de forma sexualizada e a ChildX indicou que a venda destas bonecas poderia infringir as leis sobre exploração sexual infantil.

A comercialização desses produtos em plataformas digitais pode normalizar o abuso sexual de menores e aumentar a demanda por conteúdos que exploram crianças, alertou a ONG, que considera que estas vendas deveriam ser ilegais.

"Não queremos que esses sites sejam autorizados na Suécia, pois banalizam o abuso infantil, o que pode levar a um aumento dos abusos reais", disse à AFP a secretária-geral da ChildX, Ida Östensson.

A ChildX insiste que o governo sueco revise a forma como a polícia pode ser encarregada de atualizar e ampliar uma lista proibida de portais de pornografia infantil "para incluir mais tipos de sites que promovem ou permitem o abuso contra crianças".

Também pediu que se considerasse a adoção de uma legislação que permitisse suspender ou proibir estes sites, já que tal lista sueca é atualmente voluntária para os operadores de telecomunicações.

Östensson também considerou que as leis sobre exploração sexual infantil deveriam incluir a venda de produtos que sexualizam crianças.

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