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Presidente do México apresenta reforma para criminalizar assédio sexual em todo o país

Sheinbaum disse que o objetivo é criminalizar o assédio sexual em todo o país e trazer à tona um problema sistêmico que afeta todas as mulheres mexicanas

Isabel Alvarez

Publicado: 06/11/2025 às 17:29

Presidente do México, Claudia Sheinbaum/ CARL DE SOUZA / AFP

Presidente do México, Claudia Sheinbaum ( CARL DE SOUZA / AFP)

A presidente mexicana, Cláudia Sheinbaum, apresentou uma reforma constitucional para criminalizar o assédio sexual, após ter sido vitima esta semana de um homem que a tocou sem o seu consentimento na Cidade do México.

Sheinbaum disse que o objetivo é criminalizar o assédio sexual em todo o país e trazer à tona um problema sistêmico que afeta todas as mulheres mexicanas. Além disso, acrescentou ter percebido a gravidade dos acontecimentos ao assistir aos vídeos que registraram o momento do assédio. “Quero criar um precedente. Decidi apresentar queixa porque isso é algo que eu vivenciei como mulher, mas é algo que as mulheres em nosso país vivenciam. Se não apresentar queixa, o que será de todas as mulheres mexicanas?”, apontou.

Atualmente, o assédio sexual é crime na Cidade do México, mas não está tipificado de modo uniforme em todo o país.

O incidente com Sheinbaum ocorreu enquanto caminhava em uma rua na Cidade do México e cumprimentava simpatizantes. O homem tocou seu peito e tentou beijá-la no pescoço.

O governo ainda planeja lançar uma campanha nacional para promover o respeito e a necessidade de uma mensagem forte de que o espaço pessoal das mulheres não deve ser violado.

O Ministério da Mulher do México condenou o incidente e encorajou as vítimas desse e de outros tipos de abuso a denunciá-los: "Mulheres, adolescentes e meninas não devem ser tocadas!", alerta a nota divulgada pela pasta ministerial.

A presidente da câmara da Cidade do México, Clara Brugada, demonstrou seu apoio a Sheinbaum: "Se tocarem na Presidente, tocam em todas nós. Tolerância zero para a violência contra a mulher", declarou em um comunicado.

A ONU também condenou o assédio sofrido pela presidente do México e pediu que a violência contra as mulheres no país não seja normalizada, nem minimizada.

Segundo dados do Instituto Nacional de Estatística e Geografia do México, mais de 70% das mulheres mexicanas com mais de 15 anos já sofreram algum tipo de abuso e quase metade delas foram vítimas de violência sexual, sendo a Cidade do México o segundo estado com o maior número de casos.


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