Mídias dos EUA dizem que o país se prepara para atacar instalações militares na Venezuela
As mídias afirmam que a ofensiva norte-americana pretende pressionar o presidente da Venezuela a deixar o poder, além de desmantelar o Cartel de Los Soles e as redes de tráfico de droga venezuelanas
Publicado: 31/10/2025 às 18:06
Presidente dos EUA, Donald Trump, (à esq.) e o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro (BRENDAN SMIALOWSKI, FEDERICO PARRA / AFP)
Segundo publicado nos jornais norte-americanos The Wall Street Journal e Miami Herald, os Estados Unidos se preparam para atacar a qualquer momento instalações militares na Venezuela, numa escalada de conflito contra o regime de Nicolás Maduro.
As duas mídias citam fontes, sob anonimato, que são próximas do governo do presidente, Donald Trump, que afirmam que a ofensiva norte-americana pretende pressionar o presidente da Venezuela a deixar o poder, além de desmantelar o Cartel de Los Soles e as redes de tráfico de droga venezuelanas.
De acordo com o Miami Herald, os bombardeios poderão acontecer numa questão de dias ou mesmo de horas e sua fonte ainda diz que o tempo de Maduro está se esgotando, uma vez que agora há mais do que um general disposto a capturá-lo e entregá-lo.
Enquanto o Wall Street Journal reporta que Trump ainda não tomou uma decisão final para ordenar as ofensivas terrestres. "Os potenciais alvos em consideração incluem portos e aeroportos controlados pelos militares, alegadamente utilizados para traficar drogas, incluindo instalações navais e pistas de aterragem, de acordo com um dos responsáveis", noticiou.
No entanto, as fontes das duas publicações não confirmaram ou revelaram se o líder venezuelano será um dos alvos dos bombardeios.
Em contrapartida, Trump negou hoje que planeja ataques à Venezuela e que a mobilização militar norte-americana no Mar do Caribe vise derrubar o governo de Maduro.
Mas, na terça-feira, o presidente dos EUA reiterou que vai impedir a entrada de drogas por terra no seu país, após quase dois meses de bombardeios a 15 lanchas no mar do Caribe e no oceano Pacífico, que provocaram 61 mortos e três sobreviventes. "Finalmente, estamos travando uma guerra contra os cartéis. Estamos a travar uma guerra como nunca viram antes, e vamos vencer esta batalha. Já estamos a ganhando no mar", declarou Trump.
Já as Nações Unidas acusa o governo dos EUA de violar o direito internacional com os seus ataques a embarcações no mar, assegurando que as pessoas a bordo foram vítimas de "execuções extrajudiciais".