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Trump e Xi Jinping se reunião em busca de trégua na guerra comercial nesta quarta-feira (30)

A disputa entre as duas maiores economias do mundo afeta há meses os mercados e as cadeias de suprimentos

AFP

Publicado: 29/10/2025 às 23:00

Os presidentes dos Estados Unidos, Donald Trump, e da China, Xi Jinping/AFP/Arquivos

Os presidentes dos Estados Unidos, Donald Trump, e da China, Xi Jinping (AFP/Arquivos)

Os presidentes Donald Trump Xi Jinping vão se encontrar nesta quinta-feira (30), para buscar uma trégua em sua guerra comercial: o americano prevê "uma grande reunião", enquanto a China se mostra cautelosa.

A disputa entre as duas maiores economias do mundo, que abrange desde terras raras até a soja e taxas portuárias, afeta há meses os mercados e as cadeias de suprimentos.

A reunião entre os dois presidentes será a primeira desde 2019, e está prevista para as 2h GMT (23h de quarta-feira em Brasília), em Busan, Coreia do Sul, segundo a Casa Branca.

Trump afirmou nesta quarta que "muitos problemas serão resolvidos" no encontro. "Estivemos conversado com eles, acho que haverá um bom resultado para o nosso país e para o mundo."

O Ministério das Relações Exteriores da China indicou que Xi e Trump terão "uma comunicação profunda" sobre "temas estratégicos". "Estamos dispostos a colaborar com a parte americana para garantir que essa reunião produza resultados positivos, resulte em novas orientações e promova o desenvolvimento estável das relações entre China e Estados Unidos", disse o porta-voz da pasta.

Trump indicou que o acordo incluiria uma redução de 20% nas tarifas sobre os produtos chineses relacionados ao fentanil. Outro ponto importante são as restrições às exportações de terras raras anunciadas por Pequim neste mês, que levaram Trump a colocar em dúvida a reunião com Xi.

O gigante asiático detém o monopólio virtual desses materiais, essenciais para indústrias como as de tecnologia e defesa. "Ainda existem muitas questões pendentes entre os dois países, devido à complexidade e ao volume de suas relações comerciais", apontou Yue Su, analista da The Economist Intelligence Unit.

"As vitórias mais fáceis poderiam incluir a eliminação das taxas portuárias ou o levantamento de algumas tarifas relacionadas ao fentanil, que são de competência exclusiva do presidente. Já a China poderia concordar em comprar mais produtos básicos americanos", acrescentou Su à AFP.


Elogios e presentes

A Coreia do Sul é a última etapa de uma viagem à Ásia na qual Trump recebeu elogios e presentes. No Japão, a nova primeira-ministra, Sanae Takaichi, disse que indicaria o americano ao Nobel da Paz e o presenteou com um taco e uma bola de golfe dourada.

O presidente americano elogiou nesta quinta-feira a aliança militar com a Coreia do Sul como "mais forte do que nunca", e autorizou Seul a construir um submarino de propulsão nuclear.

O encontro entre Trump e Xi vai ofuscar por algumas horas a reunião de cúpula da Apec, da qual também participarão os líderes de Japão, Austrália e Canadá. Da América Latina, o único presente será o chileno Gabriel Boric, que tem em sua agenda desta quinta-feira encontros com empresários e com o ex-secretário-geral da ONU Ban Ki-moon.

O México será representado na reunião da Apec por seu ministro do Comércio, Marcelo Ebrard, que se encontrou na véspera com o representante comercial dos Estados Unidos, Jamieson Greer. Os dois acordaram avançar "nos próximos passos" de suas negociações para fechar um acordo comercial antes de 2026.

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