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China reitera que se for preciso usará força para reunificar Taiwan

Declarações acontecem num momento de intensificação das atividades militares chinesas nas imediações da ilha

Isabel Alvarez

Publicado: 29/10/2025 às 13:54

Bandeiras da China/Freepik

Bandeiras da China (Freepik)

O porta-voz do Gabinete para os Assuntos de Taiwan do Conselho de Estado da China, Peng Qing'en, reiterou que a política de Pequim em relação à ilha sempre foi clara e coerente, e defendeu que o modelo ‘um país, dois sistemas’, atualmente aplicado em Hong Kong e Macau, continua a ser a melhor via para resolver a questão de Taiwan. “Estamos dispostos a criar um amplo espaço para a reunificação pacífica, mas nunca nos comprometeremos a renunciar ao uso da força e nos reservamo-nos o direito de adotar todas as medidas necessárias", declarou Peng,

As declarações acontecem num momento de intensificação das atividades militares chinesas nas imediações da ilha, que envolvem caças e bombardeiros. Vinte e cinco aeronaves militares chinesas sobrevoaram as imediações de Taiwan em 24 horas, a terceira maior incursão diária este mês.

Por outro lado, o presidente, William Lai, acusou hoje a China de continuar a assediar a ilha, com atos de coerção e apelou a uma oposição mais firme. "Além de mostrar determinação para proteger o seu lar, Taiwan deve, com maior firmeza, se opor à anexação, agressão e promoção da reunificação", afirmou.

O líder taiwanês também destacou que o reforço da Defesa não visa provocar o governo chinês, mas manter o status quo e proteger a democracia e o modo de vida de Taiwan, uma vez que Lai é acusado por Pequim de separatista e provocador. “A meta é aumentar o orçamento da Defesa até 5% do PIB em 2030 e à formação de forças armadas mais modernas e flexíveis", argumentou.

Trump e Xi Jinping devem abordar a questão de Taiwan em reunião

No encontro agendado entre o presidente da China, Xi Jinping, e dos Estados Unidos, Donald Trump, próxima quinta-feira, em Gyeongju, na Coreia do Sul, à margem da cúpula do Fórum de Cooperação Econômica Ásia-Pacífico (APEC), deve tratar da situação e do futuro do estreito de Taiwan. Embora, Trump tenha sugerido que a pauta poderá não ser discutida.

"Não sei se falaremos sobre Taiwan. Talvez ele me pergunte, mas não há muito a dizer. Taiwan é Taiwan", indicou o líder norte-americano.

Em contrapartida, Pequim considera Taiwan uma ‘província rebelde’ e parte inalienável do território chinês, enquanto a ilha, autogovernada desde 1949, defende que somente a sua população pode decidir o futuro político da ilha.

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