Trump diz que deve fechar acordo com Jinping e anuncia que irá à China
O presidente norte-americano disse que, apesar de existir tensão entre os governos
Publicado: 20/10/2025 às 17:16

Presidentes Trump e Xi Jinping. (Foto: Nicolas Asfouri/AFP)
Nesta segunda-feira (20), o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou que visitará a China no começo do próximo ano, a convite de Pequim. "Fui convidado para ir à China. Devo ir no inicio do próximo ano. Está mais ou menos definido. Vou encontrar-me com o presidente Xi, temos uma relação muito boa”, avançou.
No entanto, o presidente norte-americano admitiu existir alguma tensão com o governo chinês, apontando que Pequim tenta ‘tirar partido’ dos EUA. “Espero que consigamos chegar a um acordo muito justo com o presidente Xi da China. Vai ser muito emocionante e penso que vamos chegar a um bom acordo”, considerou.
Isso porque antes dessa viagem, Trump e o dirigente chinês, Xi Jinping, devem se encontrar ainda este mês na Coreia do Sul. O presidente dos EUA reiterou que espera fechar um acordo comercial em Seul com Jinping, apesar de ter descartado recentemente esse encontro. A reunião entre as duas lideranças na Coreia do Sul esteve em risco devido às tensões entre os dois países por causa dos controles determinados há alguns dias por Pequim sobre a exportação de terras raras, assim como de máquinas e tecnologias que permitem o seu refinamento e transformação. Trump reagiu ao anúncio, classificando a medida como extremamente agressiva, além de afirmar que aumentaria as tarifas em 100% para a China a partir de novembro.
Outro ponto abordado hoje por Tump foi à questão de que a China estaria planejando uma invasão de Taiwan em 2027, segundo uma avaliação realizada pelo Pentágono. Trump manifestou confiança que isso não deve ocorrer, uma vez que o pacto AUKUS, que visa fornecer a Austrália os submarinos de ataque com propulsão nuclear para deter as ambições chinesas no Indo-Pacífico pode funcionar como um fator de dissuasão. Porém, reforçou não acreditar que será necessário recorrer à força militar. “Penso que não haverá problemas com a China. A China não quer fazer isso. Penso que nós vamos dar nos muito bem no que diz respeito a Taiwan e outros. Isso não significa que não seja a menina dos seus olhos, pois provavelmente é, mas não estou vendo nada a acontecer”, avaliou.
Em contrapartida, o governo chinês considera Taiwan parte integrante do seu próprio território e já prometeu reunificar a ilha pela força, se for preciso. Taiwan, por outo lado, se opõe firmemente às reivindicações de soberania da China.

