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Rússia intensifica ataques aéreos contra a Ucrânia

O ataque em alta escala acontece em um contexto no qual se intensificam os contatos políticos e diplomáticos na busca de negociar um cessar-fogo

Isabel Alvarez

Publicado: 21/08/2025 às 11:39

Vladimir Putin/Alexander Kryazhev/POOL/AFP

Vladimir Putin (Alexander Kryazhev/POOL/AFP)

Segundo a Força Aérea Ucraniana, a Rússia lançou 574 drones e disparou 40 mísseis contra a Ucrânia durante a noite de quarta-feira, que já é considerado o maior ataque aéreo russo desde julho.

Mas, as forças de Kiev disseram que abateram 546 drones e 31 mísseis. Até o momento foi registrada a morte de uma pessoa na zona ocidental do país. Mas, o exército da Ucrânia também afirmou que atingiu uma refinaria de petróleo, assim como armazenamentos de drones e bases de combustível na Rússia durante a noite.

A agência de notícias estatal russa RIA Novosti publicou que o Ministério da Defesa da Rússia informou que os ataques foram contra a infraestrutura energética, instalações da indústria militar e aeródromos do território ucraniano.

O ataque em alta escala acontece num contexto onde se intensificam os contatos políticos e diplomáticos na busca de negociar um cessar-fogo.

Por outro lado, o ministro russo das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, reiterou hoje que, antes de qualquer acordo de paz, as ‘questões de legitimidade’ do presidente ucraniano Volodymyr Zelensky precisam ser resolvidas. “Quando se trata de assinar alguma coisa, as questões de legitimidade do representante ucraniano têm de ser resolvidas”, disse.

Sobre uma eventual reunião bilateral entre Vladimir Putin e Zelensky, reforçou que Putin sempre disse que está disponível para um encontro, mas que um decreto de Zelensky proíbe conversações com o presidente russo. Entretanto, acusou os líderes europeus da chamada 'Coligação dos Dispostos', comandada pela França e o Reino Unido, de tentarem prejudicar os avanços atingidos na reunião entre o presidente dos EUA Donald Trump e Vladimir Putin no Alasca. "Espero que este aventurismo europeu seja um fracasso", admitiu.

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