Eduardo Bolsonaro diz que esposa de Moraes está na mira de sanções de Trump
Deputado federal licenciado diz que não sabe quais são os próximos passos do presidente dos EUA em relação ao Brasil, mas cita que mulher de ministro do STF talvez seria sancionada "num primeiro momento"
Publicado: 22/07/2025 às 10:04

Eduardo Bolsonaro e Paulo Figueiredo deram entrevista ao podcast Inteligência LTDA (crédito: Reprodução/Youtube)
Eduardo Bolsonaro e Paulo Figueiredo elencaram, em entrevista ao podcast Inteligência Ltda., nesta segunda-feira (21/7), próximas sanções que o presidente Donald Trump poderia delegar a autoridades brasileiras, após cancelamento de vistos. Entre as medidas, o deputado federal licenciado e o jornalista citam a aplicação da Lei Global Magnitsky sobre Alexandre de Moraes e punições à esposa dele.
Embora o parlamentar tenha afirmado que não conhece os próximos passos do presidente dos Estados Unidos a respeito do Brasil, o comunicador bolsonarista elenca alguns palpites.
“Eu acho que Alexandre de Moraes será sancionado debaixo do Global Magnitsky Act por violação dos direitos humanos”, sugere. Entre as consequências da lei mundial, ele cita bloqueio de ativos no mundo inteiro e a impossibilidade de fazer negócio com qualquer empresa americana ou tenha sede nos EUA.
“Num segundo momento, a esposa dele, Viviane, deve ser sancionada junto com suas empresas, seu escritório de advocacia.” Ao que Eduardo acrescenta: “Ou talvez num primeiro momento”.
Figueiredo complementa que, “dependendo das respostas dos ministros do STF”, os próximos a serem sancionados seriam Luís Roberto Barroso, como presidente da corte; o procurador-geral da República Paulo Gonet; e depois ele acha que “na lista está” o ministro Gilmar Mendes.
“As sanções vão gradativamente atingindo um a um até que o Supremo Tribunal Federal esteja todo asfixiado financeiramente”, confirma. “E a partir daí vão ser para os líderes do Congresso.”
Apesar de parecer concordar com os palpites do colega, Eduardo Bolsonaro foi mais cauteloso e disse que as decisões são unicamente do presidente dos EUA, às quais ele não teria acesso. “A partir do momento em que ele (Trump) puxa para a alçada dele, aí é só com ele”, garante. “O máximo que eu e Paulo podemos fazer é dar opinião, encontrar com interlocutores.”
Entre as pessoas com quem conversa, nos Estados Unidos, o deputado federal cita “algumas autoridades que frequentam o salão oval”, mas esclarece: “Não exponho todas as pessoas com quem a gente tem contato até por uma questão de inteligência, estratégia e ética”.
Paulo Figueiredo complementa que ele e Eduardo têm “um combinado” sobre nunca comentar sobre as pessoas com quem se encontram. Perguntados se as reuniões ocorriam de forma oficial ou não, o jornalista se defendeu. “Já estivemos dentro da Casa Branca mais de dez vezes”, diz. “Não tem nada de reunião clandestina não.”
Perguntados se voltariam atrás se a situação fosse longe demais, em termos econômicos e comerciais, Eduardo diz que “não existe comércio numa ditadura” e não respondeu de fato à pergunta.
As informações são do Correio Braziliense.

