Ataque israelense a escola em Gaza causa mais de 30 mortes
As instalações atacadas na cidade de Gaza serviam de abrigo a palestinos deslocados, a maioria eram mulheres e crianças
Publicado: 26/05/2025 às 12:28

Gaza após ataque israelense no dia 26 de maio ( AFP)
Nesta segunda-feira (26), pelo menos 36 pessoas morreram vítimas de um ataque israelense a escola Fahmi Al-Jarjaoui, na cidade de Gaza. As instalações serviam de abrigo a palestinos deslocados, a maioria eram mulheres e crianças.
Segundo o exército de Israel a infraestrutura servia de centro de comando do Hamas. Os milites israelenses acusam regularmente o grupo de operar a partir de escolas ou estabelecimentos de saúde. O Hamas, por sua vez, nega.
Somente hoje, em todo o território, foram registradas mais de 50 mortes, uma vez que cerca de 19 pessoas também morreram num bombardeio contra uma casa em Jabalia, na mesma região do norte de Gaza.
Já no sul do enclave houve ainda uma ordem de evacuação do exército de Israel certas zonas de Khan Younis. A deslocação focada e frequente levaram a população da região a uma área cada vez mais estreita e reduzida nas zonas costeiras e em torno de alguns pontos da cidade de Khan Younis.
Apesar da crescente pressão internacional e de países como Reino Unido, França e Canadá elevarem o tom contra as ações no enclave e a escassa falta de ajuda humanitária, as Forças de Defesa de Israel continuam a intensificar as ofensivas no território palestino. O chanceler da Alemanha, Friedrich Merz, também disse hoje que os últimos ataques de Israel a Gaza estão tendo um custo humanitário para os civis. "Prejudicar a população civil a tal ponto, como tem sido cada vez mais o caso nos últimos dias, já não pode ser justificado como uma luta contra o terrorismo do Hamas", declarou.
O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu já afirmou que a campanha militar terminará com o controle total de Gaza por Israel.
Enquanto isso, o Hamas declarou que aceitou a proposta de cessar-fogo para Gaza proposta pelo enviado especial dos Estados Unidos, Steve Witkoff, de acordo uma fonte sob anonimato. Mas, o governo de Tel Aviv rejeitou a mais recente proposta norte-americana que previa a libertação de 10 reféns e 70 de trégua.

