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SANÇÕES

União Europeia anuncia novas sanções à Rússia

As sanções também foram saudadas por Zelensky

Isabel Alvarez

Publicado: 20/05/2025 às 20:57

Kaja Kallas, chefe da diplomacia da UE/JOHN THYS/AFP

Kaja Kallas, chefe da diplomacia da UE (JOHN THYS/AFP)

Nesta terça-feira (20) os ministros das Relações Exteriores da União Europeia (UE), na reunião ministerial na Bélgica, aprovaram o 17º pacote de sanções contra a Rússia.

"A UE aprovou o 17º pacote de sanções contra a Rússia, que incide sobre cerca de 200 embarcações da frota fantasma", informou Kaja Kallas, chefe da diplomacia da UE, acrescentando que estas sanções incluem as ameaças híbridas e violações dos direitos humanos.

Após a conversa entre os dirigentes dos EUA e da Rússia, o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, afirmou que Moscou tenta ganhar tempo para continuar a sua guerra e ocupação. "Não há dúvidas que a guerra deve terminar à mesa das negociações, mas as propostas para uma solução que vise o fim do conflito têm de ser claras e realistas", defendeu.


Zelensky também saudou as sanções. "Estamos trabalhando com os nossos parceiros para assegurar que a pressão force os russos a mudar o seu comportamento. As sanções são importantes, e estou grato a todos por as tornarem mais duras para os responsáveis por esta guerra", escreveu nas redes sociais.

Por sua vez, o presidente da Rússia Vladimi Putin rejeitou mais uma vez o cessar-fogo exigido pelo governo ucraniano e seus aliados, no entanto assegurou que estava pronto para elaborar um memorando com Kiev, um passo preliminar, segundo ele, para um possível tratado de paz.

O presidente norte-americano, Donald Trump, disse hoje que analisa quais ações adotar quanto ao Kremlin, depois da União Europeia e o Reino Unido anunciarem a imposição de um novo pacote de sanções à Moscou.

Enquanto isso, o secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, na comissão para assuntos exteriores do Senado assegurou que Putin não obteve qualquer concessão de Trump, em resposta às críticas à política da atual administração em relação à Ucrânia.


Rubio ainda indicou que Trump não quer impor novas sanções à Rússia porque acredita que agora, se começar a ameaçar com essas medidas, os russos vão interromper as conversações. “Seria útil se pudéssemos falar com eles e pressioná-los para virem à mesa das negociações. Mas, se, de fato, for claro que os russos não estão interessados num acordo de paz e querem simplesmente continuar a guerra, então pode muito bem se chegar a isso", destacou, em alusão a aplicação de eventuais sanções.


O secretário de Estado também reforçou que Washington trabalha em estreita colaboração com os aliados da OTAN para fornecer ajuda a Kiev.

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