Integrante da Torcida Jovem é preso por invasão e ameaças a jogadores no CT do Sport
Henrique Ferreira Marques, conhecido como Henrique da Torcida Jovem do Sport, foi preso nesta segunda-feira (13)
O Ministério Público de Pernambuco (MPPE) informou que Henrique Ferreira Marques, conhecido como Henrique da Torcida Jovem do Sport, foi preso nesta segunda-feira (13). O torcedor é alvo de processos criminais, incluindo um por organização criminosa, e teve a prisão decretada pela 6ª Vara Criminal da Comarca do Recife. A operação foi realizada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (GAECO) do MPPE.
De acordo com o Ministério Público, Henrique teve a prisão solicitada por participar da invasão ao Centro de Treinamento José de Andrade Médicis, em Paratibe, ocorrida na tarde do dia 16 de julho deste ano. Na ocasião, membros da principal organizada do Sport entraram nas dependências do CT e intimidaram jogadores e funcionários. O MPPE destacou que, durante o episódio, o acusado fez ameaças diretas aos atletas e membros da comissão técnica.
Segundo o órgão, Henrique afirmou frases como: "A gente vai atormentar a vida de vocês", "A gente vai pegar, vai pegar, tá pensando que é brincadeira?" e "Todo mundo aqui tem antecedente criminal". Em seguida, o torcedor agrediu um jogador, segurando-o pela camisa e dizendo: "Joga bola!". O atleta em questão era o atacante Pablo, que foi vítima de forte intimidação física.
Vídeos que circularam nas redes sociais mostram o momento da invasão. Nas imagens, é possível ver integrantes da organizada empurrando o portão de entrada do CT, que cede com facilidade, permitindo a entrada em massa dos torcedores. Durante a confusão, os torcedores cercaram atletas e funcionários em tom de ameaça e cobrança.
Em nota oficial divulgada após o ocorrido, o Sport Club do Recife informou que já estava ciente da presença de torcedores do lado de fora do CT e que havia se preparado para ouvir suas reivindicações, com a presença de membros do departamento de futebol. No entanto, o clube classificou a invasão como inaceitável, ressaltando que o centro de treinamento é um local de trabalho e que a prioridade deve ser a preservação da integridade física e moral dos profissionais.