° / °
Esportes DP Mais Esportes Campeonatos Rádios Serviços Portais

Beto Lago: 'Que a Seleção de Ancelotti busque o "futebol simples" idealizado por Johan Cruyff'

A Seleção Brasileira ainda enfrenta Chile e Bolívia, pelas últimas rodadas das Eliminatórias para a Copa do Mundo de 2026

Por Beto Lago

Carlo Ancelotti, técnico da Seleção Brasileira

Futebol simples
"Jogar futebol é muito simples, mas jogar um futebol simples é a coisa mais difícil que há.” A frase é de Johan Cruyff, lenda do futebol holandês, que resume de forma brilhante a essência do esporte mais popular do mundo. Cruyff não apenas jogou, mas pensou o futebol de maneira diferente. Um dos mentores do chamado "futebol total", revolucionou o jogo como atleta nos gramados e, mais tarde, como treinador. Sua visão de simplicidade não significava banalidade. Pelo contrário: jogar de forma simples exige inteligência tática, leitura de jogo, domínio técnico e desprendimento do ego. Fazer o simples no futebol – o passe certo, o posicionamento correto, a movimentação solidária – muitas vezes é mais difícil do que driblar três adversários ou tentar o chute de efeito. Porque o simples, quando bem feito, desmonta defesas e constrói equipes sólidas.

Com a nova convocação da Seleção Brasileira se aproximando, visando os jogos contra Chile e Bolívia, pelas últimas rodadas das Eliminatórias, essa ideia ganha mais força. A chegada de Carlo Ancelotti, treinador conhecido por fazer elencos talentosos funcionarem sem complicações, trouxe de volta a esperança de ver um Brasil mais coeso, objetivo e encantador – como aquele esquadrão de 1982, que, mesmo sem o título, conquistou o respeito dos amantes do futebol-arte. Ou a Holanda dos anos 70, que encantava pelo toque de bola e pela fluidez tática. Cruyff era o maestro deste time que jogava com simplicidade, mas que deixava todos boquiabertos com a complexidade escondida atrás de cada toque. Que Ancelotti se inspire nisso: mais do que inventar, é hora de resgatar a essência. Um futebol que encante pela clareza, pela eficiência e, claro, pela beleza.

Chance de redenção
O Retrô entra em campo com a missão de apagar a imagem deixada no confronto contra o Náutico. Enfrenta o Bahia, na Arena de Pernambuco, em duelo que vale a sequência na Copa do Brasil. É o famoso "jogo da vida". O time baiano, com elenco forte e consolidado na Série A, é o favorito. Mas a Copa do Brasil já mostrou que o favorito nem sempre entra em campo. O futebol adora surpresa e a zebra pode dar o ar de sua graça na Arena de Pernambuco.

Hora de definir o dono das luvas
Com a partida contra o Sergipe antecipada para sábado, na Arena de Pernambuco, o técnico Marcelo Cabo precisa agir com assertividade. A começar pela escolha do goleiro titular. Definir quem será o dono das traves não é apenas uma questão técnica. É também mental. O escolhido precisa estar pronto para lidar com a pressão. A definição rápida ajudaria o time a se preparar melhor, tanto dentro de campo quanto psicologicamente.

“Eu estava errado”
Em entrevista ao Beto Lago DePrimeira, o presidente da FPF, Evandro Carvalho, falou que o Mirassol não era time de Série A. Repercussão nacional. Ontem, ao repórter Felipe Holanda, do LeiaJá, disse que estava equivocado. “Estava errado, pois ele (Mirassol) está provando que, futebolisticamente, é time de Série A. Pena que não seja um time de camisa. E pena que vários times de camisa estão se mostrando que não estão à altura da Série A”, disse Evandro.