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COLUNA BETO LAGO

Beto Lago: "O Mundial serve como vitrine para talentos dos clubes sul-americanos"

A competição coloca a tona os talentos sul-americanos, sendo impulsionado principalmente pelo desempenho dos clubes na fase de grupos do torneio, onde cinco dos seis times conseguiram a classificação para a próxima etapa

Beto Lago

Publicado: 25/06/2025 às 08:30

Wallace Yan, de apenas 20 anos, já marcou duas vezes no Mundial de Clubes/ Gilvan de Souza/Flamengo

Wallace Yan, de apenas 20 anos, já marcou duas vezes no Mundial de Clubes ( Gilvan de Souza/Flamengo)

Vitrine global
A Copa do Mundo de Clubes se posiciona como uma competição fundamental para o futuro do futebol mundial. Apesar das opiniões divergentes de jornalistas e de clubes europeus, que vivem a fase de encerramento de sua temporada, é inegável que o evento se destaca ao final do ano, período em que muitas equipes se despedem dos gramados. A atratividade financeira proporcionada pela Fifa – com prêmios que superam 1 bilhão de dólares, sendo 475 milhões distribuídos em base de desempenho e outros 525 milhões só pela participação – é um fator que certamente não pode ser ignorado. Ainda que a competição consuma parte das férias dos atletas, o apelo econômico acaba por mudar a dinâmica do jogo. A simples promessa de uma premiação significativa para os jogadores pode alterar a percepção sobre o torneio.

Além disso, a valorização da moeda norte-americana em comparação ao real brasileiro e ao peso argentino faz com que clubes europeus vejam no Mundial uma oportunidade de atrair jovens talentos sul-americanos. O desempenho destacável dos clubes brasileiros não só garante visibilidade, mas também abre portas para negociações e intercâmbios profissionais, criando um ciclo virtuoso que beneficia ambas as partes. Assim, a Copa do Mundo de Clubes se firma como uma boa ideia da Fifa, sendo viável a sua realização a cada quatro anos, especialmente considerando os distintos calendários dos continentes.

Alta premiação
A parte financeira da Copa do Mundo de Clubes não se limita a premiação total. Ao assegurar presença nas oitavas, cada clube garantiu 7,5 milhões de dólares. O confronto entre Palmeiras e Botafogo, que vale vaga para as quartas, traz substanciais 13,125 milhões de dólares, um prêmio equivalente ao que se disputa em uma Copa do Brasil. Para contextualizar: as semifinais oferecem 21 milhões de dólares; o vice-campeão embolsa 30 milhões, enquanto o campeão pode levar para casa 40 milhões de dólares.

A luta pela permanência
O técnico Daniel Paulista tem diante de si o complexo desafio de pontuar o suficiente para evitar o rebaixamento do Sport. Segundo o Departamento de Matemática da Universidade Federal de Minas Gerais, atingir 44 pontos deixa o clube com apenas 5,67% de chances de queda. Para isso, o Sport precisaria de 13 vitórias e dois empates nos 27 jogos restantes. É importante frisar que esses números são dinâmicos e a pontuação não garante a permanência, tornando primordial um início promissor no campeonato brasileiro.

O jogo da rodada na Série D
Na Série D, a atenção se volta para o duelo entre Santa Cruz e Central, que se destaca como o principal jogo da rodada. Às vésperas de fechar a primeira fase, a partida no Arruda não é apenas uma oportunidade para o Tricolor garantir sua classificação antecipada, mas um momento decisivo para a Patativa, que busca a redenção após um rebaixamento humilhante no Estadual, sonhando com uma progressão surpreendente no Brasileiro.

 

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