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Economia
Reforma Tributária

Reforma tributária: empresas terão que ajustar modelo de nota fiscal

Período de transição da reforma tributária exigirá mudanças que nas obrigações das empresas, com exceção das optantes pelo Simples Nacional

Thatiany Lucena

Publicado: 21/12/2025 às 21:30

Advogada Julia Clariane, do Escritório Pedrosa Advocacia Empresarial/Foto: Divulgação

Advogada Julia Clariane, do Escritório Pedrosa Advocacia Empresarial (Foto: Divulgação)

Com o início de 2026, período que marca a fase de transição da reforma tributária no Brasil, as empresas terão que se ajustar à padronização nacional do sistema de notas fiscais. De acordo com a advogada Julia Clariane, do Escritório Pedrosa Advocacia Empresarial, todas as empresas, exceto as optantes pelo Simples Nacional, vão precisar informar os novos tributos (IBS e CBS) dentro da nota fiscal eletrônica, nota fiscal do consumidor e também da nota fiscal do serviço.

A advogada alerta que mesmo que no começo do ano a Receita Federal não bloqueie notas sem esses campos, de acordo com a lei, só será dispensado do pagamento do IBS e do CBS, em 2026, quem cumprir com as obrigações acessórias. Segundo ela, isso inclui também quem preencher corretamente esses novos campos. “Para isso, as empresas vão precisar atualizar todos os seus sistemas e vão precisar estar preparados para os novos layouts, códigos e regras de cálculo”, aponta.

Durante a fase de transição em 2026, a emissão de notas fiscais com as novas exigências servirá como um método para indicar se o sistema da empresa já está alinhado ou não com a nova legislação, segundo a advogada.

“É importante a gente destacar que todas as equipes de faturamento, contabilidade fiscal vão precisar estar preparadas porque a emissão dessa nota vai deixar de ser um ato automático e passa a ser um primeiro passo para garantir a conformidade nesse novo modelo. Sem essas adaptações, as empresas correm um risco operacional e até tributário de perder, inclusive, a dispensa no recolhimento dos novos tributos durante essa fase de transição”, explica.

Ainda de acordo com a advogada, “os setores de Indústria e varejo vão enfrentar grande impacto por causa do volume de notas nesse tipo de operação”. “Os prestadores de serviço também vão sentir porque será necessário migrar para o padrão nacional da nota fiscal de serviço. Todos os segmentos terão que alinhar tanto jurídico quanto operacional para entender como a sua atividade vai se encaixar com o IVA (Imposto sobre Valor Agregado dual com o novo modelo. Se antecipar agora é reduzir risco para atravessar 2026 com mais segurança”, orienta Julia.


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