Leilão da Compesa: entenda o que muda após concessão em Pernambuco
O Consórcio Pernambuco Saneamento e Pátria Investimentos devem investir R$ 19,1 bilhões na distribuição de água e na coleta e tratamento de esgoto
Publicado: 19/12/2025 às 09:15
O secretário de Recursos Hídricos e Saneamento de Pernambuco no leilão parcial da Compesa, que aconteceu nesta quinta-feira (18) (Foto: Janaína Pepeu/Secom)
O leilão da concessão parcial dos serviços da Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa) foi realizado nessa quinta-feira (18). As propostas vencedoras foram do Consórcio Pernambuco Saneamento, formado pela BRK e Acciona, e Pátria Investimentos. Entenda o que muda:
O Consórcio Pernambuco Saneamento e Pátria Investimentos devem investir R$ 19,1 bilhões na distribuição de água e na coleta e tratamento de esgoto.
Foram levantados em outorgas R$ 4,2 bilhões, que serão destinados à universalização do saneamento e infraestrutura dos municípios, segundo a gestão estadual. A Compesa continuará sendo responsável pela produção e tratamento de água.
Atualmente, Pernambuco tem 87% da população com água tratada e apenas 34% atendida por coleta de esgoto, de acordo com dados do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS).
Segundo o governo, a concessão foi idealizada com o objetivo de cumprir a meta estabelecida pelo Marco Legal do Saneamento, que prevê até 2033 a cobertura de 99% do território de todos os estados com serviços de abastecimento d’água e 90% com serviços de coleta e tratamento de esgoto até 2033.
O leilão foi dividido em dois blocos. O primeiro, “Região Metropolitana do Recife (RMR) - Pajeú”, que reúne 150 municípios, além do arquipélago de Fernando de Noronha, foi vencido pelo Consórcio Pernambuco Saneamento, com pagamento de outorga de R$ 3,5 bilhões e investimentos estimados em R$ 15,4 bilhões.
O segundo bloco, o “Sertão”, formado por 24 municípios e com investimentos previstos de R$ 2,9 bilhões, teve a outorga arrematada pelo grupo Pátria Investimentos por R$ 720 milhões.
Os contratos terão duração de 35 anos. Em até 180 dias após o início da operação do sistema, as concessionárias deverão, com apoio da Compesa, elaborar o Plano de Combate à Intermitência, priorizando os municípios que sofrem racionamento no fornecimento de água.
Após o leilão, a governadora de Pernambuco, Raquel Lyra, afirmou que a primeira reunião com as concessionárias deve acontecer ainda neste mês. "Já estou solicitando a primeira reunião de alinhamento antes do dia 30, para traçarmos os próximos passos", disse.