Cotado para a Sudene tem carreira na iniciativa privada
Francisco Ferreira Alexandre, indicado pelo senador Humberto Costa (PT-PE), também foi diretor do Fundo de Pensão dos Funcionários do Banco do Brasil (Previ) que lhe rendeu dois processos.
Publicado: 07/08/2025 às 07:20

Francisco Ferreira Alexandre, cotado para a Sudene (Reprodução)
O possível substituto de Danilo Cabral na Superintendência de Desenvolvimento do Nordeste (Sudene), Francisco Ferreira Alexandre, apesar de ser 2º suplente da senadora Teresa Leitão (PT) é uma indicação direta do seu colega de bancada, o também senador Humberto Costa (PT).
Na verdade, foi o próprio Humberto – que antes avalizou a entrada de Danilo – que garantiu a presença de Francisco na suplência, nas eleições de 2022.
Apesar de Francisco ser pernambucano, nascido em Bom Conselho, no Agreste, tanto sua formação acadêmica, como a carreira profissional vem se desenvolvendo fora do estado.
Ele é formado em engenharia, pela Universidade Federal de Alagoas; em Direito pelo Centro de Estudos Superiores de Maceió; e em economia pela PUC-SP, além de MBA pela PUC-RJ, além de outras formações.
Francisco trabalhou em grandes empresas nacionais como a BRF (empresa do setor de alimentos detentora de marcas com Sadia e Perdigão, entre outras) – onde atuou como vice-presidente do Conselho de Administração – e a Vale, onde foi membro do conselho similar.
Atualmente, é conselheiro fiscal da Tupy S.A, multinacional que atua no setor de metalurgia com sede em Santa Catarina, e membro do comitê de Recursos Humanos e Governança da Invepar, que atua nas áreas de mobilidade urbana, aeroportos e rodovias, como a concessão da Linha Amarela, no Rio de Janeiro.
Além disso, o indicado teve ainda uma passagem turbulenta como diretor de administração da Previ, fundo de pensão dos funcionários do Banco do Brasil. Esse trabalho acabou lhe rendendo dois processos: um movido pelo Ministério Público Federal, por gestão temerária, e outro por improbidade administrativa - movido por outros fundos de pensão que incluem a Previ, Petros (Petrobras) e Funcef (Caixa Econômica).
Segundo matéria publicada em novembro do ano passado pela jornalista Malu Gaspar, de O Globo, O problema estaria relacionado com o uso de recursos da Previ na aquisição de cotas do Fundo de Investimento em Participações Global Equity sem adequada identificação e avaliação dos riscos, o que teria causado prejuízo de milhões.
Na época, a jornalista informou que o governo federal vinha fazendo pressão para que o pernambucano assumisse um vaga de diretor de investimentos na Petros - o que foi rejeitado dentro e fora do conselho deliberativo do Fundo.

