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Desemprego

Índice de desemprego em Pernambuco é o maior do Brasil, afirma IBGE

Segundo o IBGE, a taxa de desemprego em Pernambuco no primeiro trimestre de 2025 chegou a 11,6%

Thatiany Deodato de Lucena

Publicado: 16/05/2025 às 14:50

Estado registrou 495 mil pessoas em situação de desemprego, com 45 mil a mais do que no trimestre anterior/Marcelo Camargo/Agência Brasil

Estado registrou 495 mil pessoas em situação de desemprego, com 45 mil a mais do que no trimestre anterior/Marcelo Camargo/Agência Brasil

O desemprego em Pernambuco alcançou o índice de 11,6% no primeiro trimestre de 2025, a maior do país. Em comparação ao 4º trimestre de 2024, essa taxa ainda subiu 1,4 ponto percentual. Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua divulgada nesta sexta-feira (16) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O estado registrou 495 mil pessoas em situação de desemprego, com 45 mil a mais do que no trimestre anterior. Atrás de Pernambuco na taxa de desemprego, figuram apenas a Bahia (10,9%) e o Piauí (10,2%). Já em Santa Catarina (3,0%), Rondônia (3,1%) e Mato Grosso (3,5%) foram registradas as menores taxas.

Pernambuco aparece ainda com o índice abaixo do Nordeste nos últimos períodos. A média registrada na região para o primeiro trimestre de 2025 foi de 9,8% e no 4º trimestre de 2024, de 8,6%.

De acordo com a gerente de Planejamento e Gestão do IBGE em Pernambuco, Fernanda Estelita Lins, esse crescimento da desocupação no primeiro trimestre do ano é sempre recorrente e histórico em todo o país e, de certa forma, reflete o encerramento dos contratos temporários de final do ano.

“Outra forma que a gente teria para interpretar esses resultados e fazer uma análise mais dentro de uma mesma lógica seria comparando o primeiro trimestre de 2025 com o primeiro trimestre de 2024. Nesse caso, o estado mostra uma redução bastante expressiva nesse indicador de desocupação”, aponta Fernanda. No primeiro trimestre de 2024, a taxa de desocupação no estado foi de 12,4%, maior 0,8 ponto percentual em relação ao primeiro trimestre de 2025.

Ainda de acordo com ela, embora haja uma tendência de menor desocupação em 2025 no estado, o cenário de desemprego em Pernambuco ainda continua entre os mais altos do país. “A gente precisa ver a economia sendo estimulada para gerar mais empregos e absorver essa mão de obra excedente”, aponta.

Contudo, de acordo com o IBGE, essa taxa ainda está 6,4 pontos percentuais abaixo do maior nível observado para um 1º trimestre no período pré-pandêmico da série histórica, quando foi registrada em 2018 uma taxa de desocupação de 18% no estado.

 

Taxa de desemprego é maior entre os jovens

Segundo o levantamento, a taxa de desocupação na força de trabalho pernambucana é elevada, principalmente entre os jovens. Dos 14 aos 24 anos, ela chega a cerca de um quarto dessa população em idade de trabalhar e diminui progressivamente com o aumento da faixa etária, ficando menor entre idosos.

No 1º trimestre de 2025, o estado possuía 7,9 milhões de pessoas em idade de trabalhar, ou seja, a partir de 14 anos de idade. Porém, como nem todas estavam à procura de trabalho ou disponíveis para trabalhar, a força de trabalho total do estado era de 4,3 milhões de pessoas.

População desalentada

Outro destaque do IBGE é o número de pessoas registradas como fora da força de trabalho e que estão nessa classificação devido ao fenômeno do desalento. São pessoas que estão na força de trabalho potencial, mas desistiram da procura de oportunidades diante das dificuldades enfrentadas. Em Pernambuco, cerca de 225 mil pessoas estão nessa situação, um valor 8% menor que no 1º trimestre de 2024, ficando em 9º lugar no ranking da população desalentada no país.

Brasil

No primeiro trimestre de 2025, a taxa de desemprego subiu de 6,2% para 7% no país e caiu 0,9 ponto percentual em relação ao mesmo período de 2024 (7,9%). Em relação ao 4º trimestre de 2024, a taxa de desocupação cresceu em 12 das 27 Unidades da Federação e ficou estável nas outras 15.

 

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