Após EUA, União Europeia aprova novo tratamento contra câncer de mama avançado
A UE também aprovou a marcação CE (Conformidade europeia) para um novo teste minimamente invasivo de diagnóstico da doença de Alzheimer, chamado "Elecsys pTau 181"
Publicado: 23/07/2025 às 17:45

Câncer de mama é o mais comum em mulheres em todas as regiões do Brasil (Foto: Freepik)
A União Europeia (UE) anunciou que autorizou a farmacêutica suíça Roche para um novo tratamento contra o câncer de mama em estado avançado. Depois de haver sido aprovado em outubro nos Estados Unidos, a Comissão Europeia aprovou o inavolisibe, comercializado sob o nome de Itovebi, em combinação com palbociclib e fulvestrant, para um modo avançado ou metastático de câncer de mama. A metástase é uma condição em que as células cancerígenas se espalham do tumor primário, o local original, para outras partes do corpo, formando novos tumores.
Segundo comunicado da Roche, a autorização foi concedida com base num estudo clínico em fase III publicado no New England Journal of Medicine, que demonstrou uma redução de 57% no risco de agravamento da doença ou de morte.
“Este tratamento se destina a um subtipo muito comum da doença. O Itovebi é o primeiro tratamento do seu gênero a melhorar os resultados de sobrevivência para pessoas que vivem com câncer de mama avançado com mutação do gene PIK3CA e ER (receptor hormonal) positivo. O tratamento baseado em Itovebi pode ajudar a responder a uma importante necessidade não satisfeita das pessoas com este subtipo de câncer de mama", declarou Levi Garraway, médico e diretor de Desenvolvimento Global de Produtos da Roche.
Novo teste de Alzheimer
Além disso, a UE também aprovou a marcação CE (Conformidade europeia) para um novo teste minimamente invasivo de diagnóstico da doença de Alzheimer, chamado "Elecsys pTau 181". A marca CE indica que um produto cumpre os requisitos essenciais estabelecidos pelas diretivas do bloco em termos de segurança, saúde e proteção ambiental, um requisito legal para muitos produtos poderem ser vendidos no continente.
Este teste, desenvolvido pela Roche em colaboração com a indústria farmacêutica norte-americana Eli Lilly, consiste numa análise de sangue concebida para identificar um dos biomarcadores da doença e permitir aos médicos descartar a possibilidade de Alzheimer quando os pacientes apresentam sintomas de declínio cognitivo.
"Com o Elecsys pTau181, os médicos podem dar aos pacientes, familiares e cuidadores a clareza de que precisam para determinar a causa do declínio cognitivo. Ao permitir um diagnóstico mais precoce e menos invasivo, este teste tem o potencial de melhorar os resultados dos pacientes e reduzir os custos para os sistemas de saúde em todo o mundo", afirmou Matt Sause, CEO da Roche Diagnostics.
De acordo com a Roche, persistem as barreiras ao diagnóstico precoce e exato da doença de Alzheimer no mundo, uma patologia que sobrecarrega a sociedade e os sistemas de saúde à medida que a população global envelhece. "Até 75% das pessoas que vivem com sintomas não são diagnosticadas, e aquelas que receberam um diagnóstico esperaram em média quase três anos após o início dos sintomas", explica o comunicado da farmacêutica.

