COLUNA

Taxa de desemprego subiu para 7,8%

O resultado veio um dia após os dados do CAGED que mostraram geração líquida de 306.111 empregos formais em fevereiro
Por: Ecio Costa

Publicado em: 01/04/2024 08:55

 

A taxa de desemprego subiu 0,3 p.p. para 7,8% no trimestre encerrado em fevereiro na comparação com o trimestre encerrado em novembro de 2023, quando estava em 7,5%. Essa foi a primeira elevação desde março de 2023, quando subiu para 8,8%. O resultado veio um dia após os dados do CAGED que mostraram uma geração líquida de 306.111 empregos formais em fevereiro.

 

Transporte, armazenagem e correio foi o único setor que teve crescimento (5,1%) e houve reduções em agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e agricultura (-3,7%); e, administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais (-2,2%). Os oito demais grupamentos, que são estudados pelo IBGE, não tiveram variações significativas nessa comparação. Na comparação com o trimestre encerrado em janeiro desse ano, houve um aumento na taxa de desemprego de 0,2 p.p., indo de 7,6% para 7,8%. 

 

Esses dados vieram um dia depois do Ministério do Trabalho divulgar os dados do CAGED, que medem o emprego formal na economia brasileira. Os dados para o mês de fevereiro para o CAGED tinham apresentado um crescimento líquido de 306.111 empregos. A expectativa era de uma expansão de 245 mil vagas líquidas. Na análise do CAGED, todos os cinco grandes grupamentos de atividades econômicas registraram crescimento. Serviços (incluindo o setor público) com 193.127 postos líquidos liderou, seguido pela indústria geral, construção, comércio e agropecuária. 

 

Chama a atenção que os dados do CAGED apontam para um crescimento de 93.792 vagas líquidas da administração pública, empregando mais que a indústria geral (54.448), que veio em segundo lugar, ou qualquer atividade econômica no período, demonstrando um forte indicador de inchaço da máquina pública.

 

Dentre os estados, apenas 3 tiveram saldo negativo no mês de fevereiro, Alagoas e Maranhão, com quedas líquidas iguais de 2,2 mil vagas, e Paraíba, com queda de 9 vagas líquidas. São Paulo liderou em contratações líquidas, com 137,5 mil. Pernambuco veio em 16º com 3,6 mil vagas, atrás do Ceará (5,3 mil) e Bahia (9,5 mil).

 

Os dados do CAGED contradizem os dados que foram apresentados pelo IBGE com relação à taxa de desemprego. A taxa de desemprego é medida levando em consideração não só o emprego formal como também o emprego informal, apresentando uma outra realidade que mostra a economia como um todo, incluindo os setores que abrangem os autônomos, os entregadores, os motoristas de aplicativo e assim por diante. A regulação dessas atividades pode vir a aumentar a taxa de desemprego no país, como consequência dos custos mais elevados. 

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