COLUNA
Síndrome do Boreout: quando a pessoa se sente entediada ou subutilizada no trabalho
Enquanto o burnout é conhecido pela exaustão causada pelo excesso de trabalho, o boreout tem origem justamente no oposto: a subutilização das capacidades
Por: Claudia Molinna
Publicado em: 29/10/2024 10:22
Foto: Freepik |
A síndrome do boreout, ou síndrome do tédio, é uma condição psicológica cada vez mais presente no ambiente de trabalho. Ela ocorre quando as tarefas são percebidas como repetitivas, monótonas ou sem propósito, levando o indivíduo à falta de motivação e, consequentemente, ao desgaste emocional. Enquanto o burnout é conhecido pela exaustão causada pelo excesso de trabalho, o boreout tem origem justamente no oposto: a subutilização das capacidades.
Estatísticas globais apontam um aumento significativo desse fenômeno. Um estudo da consultoria Udemy de 2023 revelou que 43% dos trabalhadores entrevistados se sentem entediados no trabalho, enquanto 15% afirmaram que o tédio crônico já afeta diretamente a produtividade. Outra pesquisa realizada pela Gallup em 2021, mostrou que 85% dos funcionários em todo o mundo não se sentem engajados em suas atividades profissionais, sendo o tédio uma das principais razões apontadas.
Os efeitos do boreout vão além do ambiente de trabalho, afetando a saúde mental e física dos colaboradores. Pesquisas indicam que a síndrome pode levar à depressão, ansiedade e até mesmo ao desenvolvimento de problemas cardíacos, devido ao estresse prolongado gerado pela sensação de inutilidade. Além disso, uma pesquisa da University of Central Lancashire aponta que o boreout pode reduzir a expectativa de vida em até cinco anos, já que o estresse associado ao tédio crônico pode impactar negativamente o organismo.
O combate ao boreout exige estratégias claras, tanto por parte dos gestores quanto dos colaboradores. A rotação de tarefas, o incentivo à capacitação e a criação de desafios mais complexos são algumas das medidas que podem ser adotadas. Em tempos de crescente automação e repetitividade, entender e mitigar o boreout é importante, para promover ambientes de trabalho mais saudáveis e produtivos.
PESQUISA REVELA O PESO DA RESPONSABILIDADE FEMININA NOS LARES PERNAMBUCANOS
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Em Pernambuco, as mulheres assumem um papel central na gestão dos lares, refletindo uma tendência nacional de feminização da responsabilidade doméstica. Asim, o estado pernambucano possui o maior percentual de mulheres à frente de domicílios, conforme dados do Censo Demográfico 2022
Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 53,9% das casas pernambucanas são chefiadas por mulheres, sendo a maioria delas negras. Essa realidade é especialmente marcante em famílias de baixa renda, onde o desemprego entre os homens ou a informalidade intensificam a responsabilidade feminina como provedora.
Essas mulheres enfrentam a dupla jornada: além de gerirem suas casas, muitas trabalham fora em condições adversas, sem a devida proteção social ou reconhecimento. Entre as chefes de família, é comum a ausência de cônjuges, reforçando o papel da mulher como a principal ou única provedora. Ao mesmo tempo, as desigualdades de gênero no mercado de trabalho, como a disparidade salarial e o acesso limitado a cargos de liderança, dificultam o pleno desenvolvimento econômico dessas mulheres.
Para além da dimensão financeira, as pernambucanas também carregam a responsabilidade emocional e o cuidado com filhos e parentes, muitas vezes sem apoio. Apesar das dificuldades, elas continuam a desempenhar papéis fundamentais na sustentação familiar, movidas por uma força silenciosa e resiliente.
O desafio é criar políticas públicas que reconheçam e apoiem essas mulheres, garantindo que elas possam ter acesso a melhores oportunidades de trabalho, educação e saúde, para que, de fato, possam prosperar enquanto chefes de suas famílias e protagonistas de suas histórias.
PLANTA É A NOVA ESPERANÇA PARA O TRATAMENTO DE OVÁRIO POLICÍSTICO
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A Artemisia annua, uma planta com uma longa história de uso medicinal, está ganha destaque como uma alternativa natural promissora no tratamento da Síndrome do Ovário Policístico (SOP). Conhecida por sua eficácia no combate à malária, a planta agora está sendo estudada por seu potencial no manejo da SOP, uma condição que afeta milhões de mulheres em todo o mundo.
Pesquisas recentes lideradas por cientistas da Universidade de Pequim, incluindo o renomado professor Tu Youyou, exploram os compostos ativos da Artemisia annua, como a artemisinina. Esses compostos demonstraram possuir propriedades anti-inflamatórias e antioxidantes, essenciais para reduzir a inflamação sistêmica e combater a resistência à insulina, dois dos principais fatores associados à SOP. Além disso, os estudos indicam que a planta pode ajudar a regular os níveis hormonais, especialmente o excesso de andrógenos, que são responsáveis por sintomas como o hirsutismo e a acne.
Esses resultados foram complementados por pesquisas da Universidade de Medicina Tradicional Chinesa de Guangzhou, que também estão explorando o uso da Artemisia annua para o equilíbrio hormonal e o tratamento de distúrbios reprodutivos femininos. Os estudos indicam que a Artemisia annua tem o potencial de agir de forma eficaz no controle dos ciclos menstruais irregulares e na redução dos sintomas da SOP, sem os efeitos colaterais indesejados muitas vezes associados aos tratamentos convencionais, como medicamentos hormonais.
Além de ser uma alternativa mais acessível, a planta oferece uma abordagem holística, que não apenas trata os sintomas imediatos da SOP, mas também melhora a saúde geral das mulheres afetadas pela condição. Isso é particularmente importante, já que muitas mulheres procuram soluções naturais para evitar a dependência de medicamentos sintéticos.
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