COLUNA

Homens solteiros não atendem mais às expectativas das mulheres

Pesquisa feita pelo IBGE revelou que brasileiros estão se casando cada vez menos e mais tarde, além de se divorciar cada vez mais

Publicado em: 11/06/2024 10:19

 (Foto: Freepik)
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Uma pesquisa feita pelo IBGE, Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, em 2022, constatou que os brasileiros estão se casando cada vez menos e mais tarde, além de se divorciar cada vez mais. Além disso, o tempo de duração das uniões também tem diminuído ao longo dos anos, em geral dura dez anos.

Em 1950, cerca de 70% dos americanos eram casados. Hoje, o número caiu para 50%. As estatísticas impressionam, porque em vários países, incluindo o Brasil, a união entre pessoas do mesmo sexo já é permitida e, mesmo assim, não houve aumento. 

Para entender o que acontece, os pesquisadores Daniel Lichter, Joseph Price e Jeffrey Swigert fizeram um estudo, onde constataram que 90% das mulheres só consideraria casar com um homem bem empregado. Contudo, somente 70% dos solteiros estão trabalhando atualmente. 

O salário também pesa, só que a renda que as mulheres consideram ideal para o parceiro é 58% maior do que a que a maioria ganha. Por fim, três grupos de mulheres têm mais dificuldade de encontrar o parceiro ideal: as mais velhas, as negras e as que têm um nível de educação formal muito elevado. 

A pesquisa sugere que não há muitos homens “para casar”,  para as mulheres que desejam que seus maridos tenham renda igual ou superior a delas. Diante de tais resultados, os estudiosos acreditam que, provavelmente, os não-casados de hoje continuarão sem casar ou se casarão com parceiros menos qualificados, o que pode significar menor salário ou menos educação formal. 

19% DAS BRASILEIRAS QUE MENSTRUAM NÃO TÊM DINHEIRO PARA COMPRAR ABSORVENTES
 
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Um estudo promovido pela Unicef, Fundo das Nações Unidas para a Infância, revelou que 19% das pessoas que menstruam no Brasil não têm dinheiro para comprar absorventes. Assim, a pobreza menstrual é considerada  uma violação de direitos. Além da falta de acesso a absorventes, a dignidade menstrual envolve também a disponibilidade de informações adequadas, infraestrutura sanitária e um ambiente livre de constrangimentos.

De acordo com a pesquisa, 77% dos adolescentes entrevistados já sentiram constrangimento em espaços públicos ou na escola por estarem menstruados. Esse cenário pode levar à evasão escolar e dificultar a participação em atividades sociais e esportivas.

A Lei Federal 14.214 instituiu o Programa de Proteção e Promoção da Saúde Menstrual para assegurar a oferta gratuita de absorventes higiênicos femininos e outros cuidados básicos de saúde menstrual. A lei, conforme o artigo 2º, aborda a estratégia à promoção da saúde e atenção à higiene para os seguintes objetivos:

I – combater a precariedade menstrual, identificada como a falta de acesso a produtos de higiene e a outros itens necessários ao período da menstruação feminina, ou a falta de recursos que possibilitem a sua aquisição;
II – oferecer garantia de cuidados básicos de saúde e desenvolver meios para a inclusão das mulheres em ações e programas de proteção à saúde menstrual.
Terão direito e acesso ao programa instituído por esta lei:
I – estudantes de baixa renda matriculadas em escolas da rede pública de ensino;
II – mulheres em situação de rua ou em situação de vulnerabilidade social extrema;
III – mulheres apreendidas e presidiárias, recolhidas em unidades do sistema penal;
IV – mulheres internadas em unidades para cumprimento de medida socioeducativa.

ALISTAMENTO MILITAR DE MULHERES A PARTIR DE 2025
 
 (Foto: Freepik)
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Pela primeira vez, Exército, Marinha e Aeronáutica devem passar a receber o alistamento militar de mulheres na carreira de soldado. A previsão é que isso aconteça em 2025, com ingresso em 2026.

O ministro da Defesa, José Mucio Monteiro, instituiu um grupo de trabalho para definir os procedimentos necessários para a entrada das mulheres. 

A ideia é que o alistamento aconteça nos mesmos moldes do serviço militar masculino, mas sem a obrigatoriedade. A duração é de 12 meses iniciais, com possibilidade de prorrogação por até oito anos (96 meses). Nesse caso, o jovem deixa a Força como 3º sargento. 

Atualmente, as mulheres são autorizadas a entrar nas Forças Armadas apenas pelas escolas de preparação de oficiais, como a Escola de Saúde do Exército (EsSEx) e o Instituto Militar de Engenharia (IME).