COLUNA

Geração Z é a mais ansiosa, estressada e deprimida no mercado de trabalho

Uma pesquisa constatou que entre as gerações presentes no mercado de trabalho, a Geração Z é a mais ansiosa, estressada e deprimida

Publicado em: 25/06/2024 12:47

 (Foto: Freepik)
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 A pesquisa realizada pela Vittude, healthtech referência no desenvolvimento de programas de saúde mental para empresas, constatou que entre as gerações presentes no mercado de trabalho, a Geração Z - nascidos entre 1998 e 2010 - é a mais ansiosa, estressada e deprimida. 

 

São pessoas que nasceram num ambiente completamente digital, diferente das outras que passaram a ter esse contato no decorrer da vida. Assim, é possível traçar um paralelo entre o aumento de transtornos mentais e o contato ou familiaridade com a tecnologia. 

 

De acordo com o levantamento feito no Brasil, os índices de ansiedade e estresse aumentam gradativamente de um grupo para o outro, sendo que os Baby Boomers (nascidos entre 1943 e 1962) são os que apresentam as menores porcentagens de ansiedade (5%) e estresse (7,5%), enquanto a geração X (nascidos entre 1963 e 1982) teve o menor número de respondentes com depressão (9%). Quanto a Geração Z, 27,17% afirmaram ter ansiedade; 36,48% deles têm estresse e 27,49% têm depressão.

 

Ao observar que o mercado de trabalho caminha, cada vez mais, para a digitalização e adoção de novos canais digitais de comunicação, podemos dizer que as empresas também possuem responsabilidade neste aumento dos distúrbios psicológicos. A pesquisa Saúde Mental dos Brasileiros 2022, conduzida pelo Datafolha, verificou que o excesso de informações, de múltiplas conexões e de tempo gasto nos dispositivos e ambientes digitais têm causado o desenvolvimento crescente dos transtornos mentais.

 

Ficou constatado que a sobrecarga das plataformas digitais, ferramentas tecnológicas, exposição excessiva  às informações e demandas constantes contribuem para o aumento de casos de burnout, ansiedade e depressão entre os colaboradores. Assim, conclui-se que o cuidado com a saúde mental deles precisa ser visto com maior consistência, para não afetar o bem-estar, motivação, desempenho e produtividade das equipes. Portanto, quanto mais digital, mais cuidado com o emocional. 

 

 (Foto: Freepik)
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Meninas de até 14 anos são as vítimas mais frequentes de violência sexual 

 

O Atlas da Violência, feito pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública, publicou em junho de 2024, que meninas de até 14 anos foram as vítimas mais frequentes de violência sexual em 2022. 

 

Segundo o levantamento, 49,6% dos casos de agressão contra crianças e adolescentes do sexo feminino entre 10 e 14 são abusos sexuais. Já entre meninas de 0 a 9 anos, a violência sexual representa 30,4% das agressões registradas em 2022. O abuso sexual nesta faixa etária aparece apenas da negligência, com 37,9% das ocorrências. 

 

A pesquisa define como violência sexual “qualquer ação na qual uma pessoa, valendo-se de sua posição de poder e fazendo uso de força física, coerção, intimidação ou influência psicológica, obriga outra pessoa a ter, presenciar ou participar de alguma maneira de interações sexuais, ou a utilizar a sua sexualidade, com fins de lucro, vingança ou outra intenção”. Nesse sentido, entende-se como violência sexual situações de estupro, assédio sexual, sexo forçado no casamento, pedofilia, pornografia infantil, entre outros. 

 

Em 2022, 21.875 crianças do sexo feminino foram vítimas de violência doméstica e intrafamiliar — é a faixa etária onde há a maior ocorrência desses casos, representando 15,2% do todo. Já o total de vítimas meninas de 10 a 14 anos foram 13.512 (9,4% do total).

 

 

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Estados e municípios terão plano de metas para o enfrentamento integrado da violência contra mulheres

 

Foi sancionado o Projeto de Lei 501/2019, que dispõe sobre a elaboração e a implementação de plano de metas para o enfrentamento integrado da violência contra a mulher, da Rede Estadual de Enfrentamento da Violência contra a Mulher e da Rede de Atendimento à Mulher em Situação de Violência.%u2028         

 

O plano terá validade de dez anos — com atualização obrigatória a cada dois anos — e deve assegurar atenção humanizada à mulher que esteja em situação de violência. O texto impõe a exigência de que estados e municípios apresentem regularmente suas propostas de plano sob risco de ficarem sem acesso a recursos relacionados à segurança pública e aos direitos humanos.%u2028           

 

Entre as medidas que devem constar no plano,  estão ações de formação como a inclusão da disciplina específica de violência doméstica e familiar contra a mulher nos cursos regulares das instituições policiais, bem como treinamento continuado, de forma integrada, entre os integrantes dos órgãos de segurança pública.%u2028           

 

A expansão do número de delegacias de atendimento à mulher e do programa de monitoramento e acompanhamento da mulher em situação de violência e do agressor também estão relacionados.%u2028            

 

No âmbito da prevenção, ainda estão previstas a inclusão de conteúdo sobre prevenção da violência contra a mulher no currículo da educação básica e criação da Semana Escolar de Combate à Violência contra a Mulher.%u2028            

 

O projeto também determina que o Sistema Nacional de Informações de Segurança Pública (Sinesp) deverá armazenar informações para auxiliar nas políticas públicas de enfrentamento à violência contra a mulher e prevê a criação da Rede Estadual de Enfrentamento à Violência contra a Mulher e da Rede de Atendimento à Mulher em Situação de Violência, as quais serão compostas pelos órgãos públicos de segurança, saúde, justiça, assistência social, educação e direitos humanos, além de representantes da sociedade civil.%u2028             

 

Os estados terão um ano para elaborarem seus planos, a contar da data da publicação da lei.