Burnout afetivo: a exaustão da paquera

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A busca constante por um relacionamento amoroso, seguida de grandes decepções nesse terreno, a desconexão com o parceiro ou a triste percepção da superficialidade nas relações interpessoais, podem levar ao burnout afetivo.

O burnout é uma síndrome caracterizada pelo esgotamento e exaustão extremos, causados por condições de trabalho altamente estressantes. Os sintomas do burnout afetivo são bastante parecidos com os da síndrome original, relacionada ao trabalho. A diferença é o foco nos relacionamentos pessoais. Alguns deles são a exaustão psicológica e física, crises de ansiedade ou de choro, reclusão ou isolamento, problemas de estômago ou dores de cabeça devido: 

• ao medo de reviver os problemas vivenciados no relacionamento anterior;
• à constante sensação de que os relacionamentos dão muito trabalho;
• ao nervosismo diante do primeiro problema no relacionamento;
• ao medo da rejeição;
• ao questionamento sobre a própria capacidade de manter uma relação amorosa a longo prazo.

Uma pesquisa feita pelo site de relacionamentos Match. com constatou que 54% das mulheres se sentem exaustas com os encontros modernos. O sociólogo Zygmunt Bauman usou o termo “relações líquidas” ao se referir aos relacionamentos atuais, difíceis de segurar, isto é, “que escorrem pelos dedos”. Assim, as pessoas não vivenciam um contato profundo, o que impede a construção de uma identidade de casal. 

O termo dating burnout se popularizou após uma pesquisa realizada pelo aplicativo Happn, onde 81% dos usuários brasileiros  afirmaram passar mais tempo dando curtidas do que investindo em conversas; 71% disseram sentir ansiedade ou medo de estar perdendo algo quando não estão conectados aos aplicativos; 78,4% têm vários apps de paquera ao mesmo tempo; 94,3% dos solteiros declararam que está cada vez mais difícil estabelecer um diálogo mais significativo e profundo. 

O burnout afetivo pode ser amenizado através de um processo psicoterapêutico, que ressignifique as experiências anteriores e sintonize padrões saudáveis de laços amorosos.  

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Réu de violência contra a mulher não pode mais desqualificar a vítima

O STF, Supremo Tribunal Federal, proibiu o réu de violência contra a mulher de tentar desqualificar a vítima. A relatora da ação, ministra Cármen Lúcia, entendeu que explorar a vida íntima e o comportamento da vítima é incondicional.  

A partir de agora, o réu e a defesa dele estão proibidos de mencionar detalhes de relacionamentos da vítima. Os juízes deverão combater o uso dessas informações e jamais considerá-las para estabelecer penas mais brandas aos acusados. 

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Derrubada a restrição de mulheres em concurso da PM de Goiás. 

O STF, Supremo Tribunal Federal, voltou a derrubar a restrição de mulheres em concurso da PM de Goiás. 

Pela nova decisão, elas devem ser classificadas conforme a nota tirada na prova e não podem ser preteridas por candidatos homens que tiveram desempenho inferior

O ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou que mulheres sejam incluídas na lista de aprovados no concurso para a Polícia Militar e Bombeiros de Goiás.

A medida foi tomada após diversas candidatas alegarem que o governo estadual descumpriu decisão anterior do ministro que proibiu a restrição de 10% das vagas para mulheres, que devem concorrer entre as vagas de ampla concorrência.

Pela nova decisão, as mulheres devem ser classificadas de acordo com a nota tirada na prova e não podem ser preteridas por candidatos homens que tiveram desempenho inferior.

Segundo a Agência Brasil, em outras decisões, liminares de ministros do Supremo já suspenderam concursos da PM no Pará, no Rio de Janeiro, Santa Catarina e Distrito Federal.