COLUNA

Maioria dos brasileiros é altamente ansiosa

Segundo estudo do DataFolha, realizado em 2023, mulheres e jovens têm mais transtorno de ansiedade que a média da população brasileira

Publicado em: 09/01/2024 10:26

 (Foto: Freepik)
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De acordo com teste aplicado pela Guia da Alma, startup de soluções de saúde mental nos segmentos B2C e B2B (Business to Business e Business to Consumer), 62,6% dos brasileiros sentem alto nível de ansiedade. A pesquisa foi feita com 24.180 pessoas, entre 2020 e 2023, e indica diferentes níveis de preocupação, nervosismo e medo: 

Alto grau de ansiedade: 62,6% disseram que os sintomas se apresentam de forma persistente. As preocupações surgem de forma intensa e os sintomas físicos são debilitantes, incluindo ataques de pânico, tremores, falta de ar e dores no peito. Muitas vezes há isolamento social, insônia e outros problemas de saúde mental, como a depressão. Desta forma, o acompanhamento profissional se faz necessário.

Ansiedade moderada: 31,1% afirmou ter medos e preocupações contínuas, o que afeta o desempenho diário no trabalho e nas relações. Os sintomas físicos podem ser frequentes, incluindo palpitações, sudorese excessiva e tensão muscular.

Nível leve de ansiedade: 4,6% responderam têm preocupações frequentes e persistentes, mais que o normal, comprometendo a concentração e o foco. Podem ser acompanhadas de tensão muscular leve, inquietação e falta de sono ocasional. Recomenda-se entender as causas que originam a ansiedade. 

Nível normal de ansiedade: 1,7% têm preocupações ocasionais e nervosismo, que não interferem significativamente nas atividades diárias ou no bem-estar geral. 
      
Segundo estudo do DataFolha, realizado em 2023, mulheres e jovens têm mais transtorno de ansiedade que a média da população brasileira. Enquanto 21% dos brasileiros já teve diagnóstico de transtorno de ansiedade ao longo da vida, esse índice sobe para 27% entre mulheres, quase o dobro da prevalência entre homens (14%). 

JANEIRO BRANCO E A SAÚDE MENTAL 
 
 (Foto: Freepik)
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Janeiro Branco é um movimento mundial, que visa mobilizar a sociedade em torno da saúde mental e emocional, com ações preventivas e campanhas educativas e de conscientização.

Segundo dados da OMS, Organização Mundial de Saúde, 11,5 milhões de brasileiros sofrem de depressão, o equivalente a 5,8% da população. Os transtornos mentais acometem 22 milhões de brasileiros, 12% da população, e, ainda, quase 19 milhões de pessoas possuem algum tipo de transtorno de ansiedade, ou seja, quase 9,3% da população brasileira.

Anualmente, 800 mil casos de suicídio são registrados no mundo. Em geral, decorrem de casos graves de depressão não diagnosticada ou tratada. A pesquisa do DataFolha, divulgada em agosto de 2023, afirma que três em cada dez brasileiros se sentem ansiosos, sendo que  27% das mulheres já tiveram diagnóstico de ansiedade e 20% de depressão — o dobro da taxa registrada para homens (14% e 10%, respectivamente).
  
Segundo a OMS, saúde mental é um estado de bem-estar no qual uma pessoa consegue desempenhar suas habilidades, lidar com as inquietudes da vida, é capaz de trabalhar de forma produtiva e contribuir para a sua comunidade. Uma pessoa saudável mentalmente sabe que não existe a perfeição e que todos os seres humanos possuem limitações. De forma equilibrada, enfrentam os desafios e as mudanças da vida cotidiana, procurando ajuda para lidar com as situações difíceis da existência. Em linhas gerais, é: 

  • Estar bem consigo mesmo e com seus familiares, colegas, amigos e qualquer outro;%u2028
  • Saber lidar com os desafios da vida;%u2028
  • Aprimorar a inteligência emocional;%u2028
  • Reconhecer o próprio limite e buscar ajuda quando necessário. 

HPV GENITAL ATINGE 54,4% DAS MULHERES QUE INICIARAM A VIDA SEXUAL
 
 (Foto: Freepik)
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Segundo pesquisa nacional feita pelo Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do SUS (Proadi-SUS), a taxa de infecção pelo HPV (papiloma vírus humano) na genital atinge 54,4% das mulheres, que já iniciaram a vida sexual e 41,6% dos homens. Os números referem-se à modalidade de alto risco da doença.

O HPV é a infecção sexualmente transmissível mais comum no mundo e está associada a mais de 90% dos casos de câncer de colo do útero e de ânus e, ainda, a mais da metade dos casos de câncer na vulva, pênis  e orofaringe. Ademais, 90% das verrugas genitais são provocadas pela doença. 

A vacina HPV quadrivalente, disponibilizada pelo Sistema Único de Saúde (SUS), previne contra essas complicações e está disponível gratuitamente. O Brasil, por meio do Sistema Único de Saúde (SUS), disponibiliza a vacina contra o vírus HPV para meninas e meninos de 9 a 14 anos (14 anos, 11 meses e 29 dias); homens e mulheres transplantados; pacientes oncológicos em uso de quimioterapia e radioterapia, pessoas vivendo com HIV/Aids e vítimas de violência sexual.

De acordo com o Programa Nacional de Imunizações, o esquema da vacina HPV compreende duas doses, com intervalo de 6 (seis) meses entre as doses, de 9 a 14 anos de idade (14 anos, 11 meses e 29 dias) para meninas e meninos. 

Para grupos com condições clínicas especiais, pessoas de 9 a 45 anos de idade, vivendo com HIV/Aids, transplantados de órgãos sólidos e de medula óssea e pacientes oncológicos, imunossuprimidos por doenças e/ou tratamento com drogas imunossupressoras: administrar 3 (três) doses da vacina com intervalo de 2 (dois) meses entre a primeira e segunda dose e 6 (seis) meses entre a primeira e terceira dose (0, 2 e 6 meses). Para a vacinação deste grupo, mantém-se a necessidade de prescrição médica.

Quanto ao esquema vacinal para pessoas vítimas de violência sexual, seguem as orientações:

  • Pessoas de 9 a 14 anos de idade, de ambos os sexos: esquema de 2 doses conforme Calendário Nacional de Vacinação de rotina. Administrar 2 (duas) doses da vacina com intervalo de 6 (seis) meses entre a primeira e a segunda dose (0 e 6 meses);
  • Pessoas de 15 a 45 anos de idade, de ambos os sexos: esquema de 3 doses, administrar 2 (duas) doses com intervalo de 2 (dois) meses entre a primeira e segunda dose e terceira dose 6 (seis) meses entre a primeira e terceira dose (0, 2 e 6 meses)
  • Pessoas de 9 a 45 anos de idade, de ambos os sexos com indicações especiais (vivendo com HIV/Aids, transplantados de o%u0301rga%u0303os so%u0301lidos ou medula o%u0301ssea e pacientes oncolo%u0301gicos, imunossuprimidos por doenças e/ou tratamento com drogas imunossupressoras): esquema de 3 doses, administrar 2 (duas) doses com intervalo de 2 (dois) meses entre a primeira e segunda dose e terceira dose 6 (seis) meses entre a primeira e terceira dose (0, 2 e 6 meses).
 
Pessoas previamente vacinadas (esquema completo) não necessitarão de doses suplementares. Aquelas com esquema incompleto deverão receber as doses necessárias para completar seu esquema vacinal.

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