Coluna
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O Porto Digital cresceu quase 30% em 2022, com resultado nominal de R$ 4,75 bilhões. Também expandiu o número de empregos, que teve alta de 16%. Quando observamos os números do Porto Digital em 2021, vemos que o faturamento alcançou R$ 3,67 bilhões, um aumento de perto de 29% em comparação com o ano anterior. Em relação ao ano de 2018, a expansão foi de 94%. O que esses números indicam? Crescimento consistente ou bolha?
Os saltos no faturamento geralmente estão atrelados a grandes empresas que aportam no ecossistema, mas também podem indicar que as startups estão amadurecendo e entrando em fase de expansão.
O universo dos negócios de tecnologia é muito dinâmico. Uma empresa que nasce pernambucana pode, amanhã, ser absorvida por outra global e mudar de endereço. Vimos isso acontecer com a In Loco, que tinha sede no Recife e foi comprada pela Magalu. E lá se foi nosso potencial unicórnio...
Movimentação
Para entender a movimentação que está acontecendo no Porto Digital, entrevistei o seu presidente, Pierre Lucena, no podcast Diario Econômico – já está no ar em nossos canais do Youtube e Spotify. Pierre contou que é desafiador manter o atual nível de expansão, no entanto, garantiu que isso não será problema em 2023.
Expansão 1
Não será problema porque há três grandes investimentos contratados chegando ao ecossistema de TI. Um deles é o Centro de Inovação da Deloitte, que pretende replicar um modelo de negócio parecido com o da Accenture, hoje a principal âncora do parque tecnológico.
Expansão 2
O segundo é o da Lifery, empresa norte-americana fabricante de software, que está se mudando do Poço da Panela para o Recife Antigo, bairro que vai abrigar a maior operação da empresa fora da sua sede, em Los Angeles. O terceiro investimento é da Extreme Digital Solution, que transferiu seu domicílio fiscal de São Paulo para Recife, trazendo a junto a produção e o faturamento superior a R$ 200 milhões.
Mudança
Pierre Lucena também revela o principal desafio do Porto Digital para este ano: criar uma nova forma de empreender no setor de TI. “O modelo de startup tradicional, aquele que sai da universidade, do aluno que monta a empresa que dá certo, está se exaurindo”, revela. Isso acontece porque os problemas estão ficando cada vez mais complexos. Na entrevista, ele mergulha nesses e outros assuntos. Fica por dentro. Vai lá ouvir!
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