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com Claudia Molinna

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Infelicidade materna afeta a saúde mental dos filhos

Estudo mostra que a infelicidade, o estresse constante e a sobrecarga de tarefas maternas influenciam mais o equilíbrio psicológico das crianças do que as emoções dos pais

Claudia Molinna

Publicado: 22/10/2025 às 10:53

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(Freepik)

Uma pesquisa da Universidade de Manchester mostrou que o bem-estar emocional das mães tem impacto direto na saúde mental dos filhos. A infelicidade, o estresse constante e a sobrecarga de tarefas maternas influenciam mais o equilíbrio psicológico das crianças do que as emoções dos pais.

O estudo acompanhou milhares de famílias, durante mais de dez anos, e concluiu que filhos de mães esgotadas ou insatisfeitas apresentam mais sinais de ansiedade, irritabilidade e insegurança. Mesmo sem entender o que acontece, as crianças percebem as mudanças de humor, o cansaço e o afastamento emocional das mães e acabam refletindo esse ambiente.

A pesquisa reforça que o problema não está apenas nas responsabilidades domésticas, mas na falta de apoio e reconhecimento social. Muitas mulheres enfrentam jornadas duplas e pressão para desempenhar múltiplos papéis, o que compromete seu equilíbrio emocional e, por consequência, o dos filhos.

Portanto, cuidar da saúde mental das mães é uma necessidade coletiva. Garantir apoio psicológico e tempo de descanso, ajuda a reduzir os impactos negativos na infância. Afinal, amparar as mães é, na prática, proteger as próximas gerações.

VACINA CONTRA HPV REDUZ CASOS DE CÂNCER DE COLO DO ÚTERO

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(crédito: Freepik)

A vacinação contra o vírus do papiloma humano (HPV) está transformando a prevenção do câncer de colo do útero em uma história de sucesso comprovada pela ciência. Um estudo realizado na Suécia, com mais de 1,6 milhão de meninas e mulheres entre 10 e 30 anos, acompanhadas de 2006 a 2017, mostrou uma redução de até 88% nos casos de câncer invasivo entre aquelas vacinadas antes dos 17 anos. Pesquisas semelhantes realizadas nos Estados Unidos e no Reino Unido também apontaram queda expressiva na incidência de lesões pré-cancerosas e tumores nas populações vacinadas.

O HPV é responsável por cerca de 70% dos casos de câncer de colo do útero no mundo. A vacina impede a infecção pelos tipos mais agressivos do vírus, bloqueando a evolução para lesões que, ao longo dos anos, podem se transformar em câncer.

Os melhores resultados ocorrem quando a imunização é feita antes do início da vida sexual, período em que o organismo responde melhor à proteção. Ampliar a cobertura vacinal e manter os exames preventivos regulares são passos fundamentais para que esse tipo de câncer se torne cada vez mais raro.

A vacinação contra o HPV representa um dos maiores avanços da medicina moderna e reforça a importância da prevenção como o caminho mais eficaz para salvar vidas.

BRASIL REGISTRA 187 ESTUPROS POR DIA NO PRIMEIRO SEMESTRE

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Os números da violência sexual no Brasil continuam alarmantes. No primeiro semestre deste ano, foram registrados cerca de 34 mil casos de estupro, o que representa uma média de 187 vítimas por dia. Por trás desses dados, há histórias de dor, medo e silenciamento, muitas vezes vividas dentro de casa e cometidas por pessoas próximas.

A maioria das vítimas continua sendo crianças e adolescentes, classificadas como casos de estupro de vulnerável. Esse dado mostra que o problema está enraizado em um contexto de desigualdade, machismo estrutural e falta de proteção efetiva. O crime sexual ainda é tratado com vergonha, o que contribui para a subnotificação e dificulta a punição dos agressores.

A realidade brasileira exige mais do que indignação. É preciso prevenção, educação e acolhimento real. Políticas públicas integradas, campanhas permanentes e capacitação dos profissionais que atuam na ponta são medidas urgentes.

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