Infelicidade materna afeta a saúde mental dos filhos
Estudo mostra que a infelicidade, o estresse constante e a sobrecarga de tarefas maternas influenciam mais o equilíbrio psicológico das crianças do que as emoções dos pais
Publicado: 22/10/2025 às 10:53

(Freepik)
Uma pesquisa da Universidade de Manchester mostrou que o bem-estar emocional das mães tem impacto direto na saúde mental dos filhos. A infelicidade, o estresse constante e a sobrecarga de tarefas maternas influenciam mais o equilíbrio psicológico das crianças do que as emoções dos pais.
O estudo acompanhou milhares de famílias, durante mais de dez anos, e concluiu que filhos de mães esgotadas ou insatisfeitas apresentam mais sinais de ansiedade, irritabilidade e insegurança. Mesmo sem entender o que acontece, as crianças percebem as mudanças de humor, o cansaço e o afastamento emocional das mães e acabam refletindo esse ambiente.
A pesquisa reforça que o problema não está apenas nas responsabilidades domésticas, mas na falta de apoio e reconhecimento social. Muitas mulheres enfrentam jornadas duplas e pressão para desempenhar múltiplos papéis, o que compromete seu equilíbrio emocional e, por consequência, o dos filhos.
Portanto, cuidar da saúde mental das mães é uma necessidade coletiva. Garantir apoio psicológico e tempo de descanso, ajuda a reduzir os impactos negativos na infância. Afinal, amparar as mães é, na prática, proteger as próximas gerações.
VACINA CONTRA HPV REDUZ CASOS DE CÂNCER DE COLO DO ÚTERO
A vacinação contra o vírus do papiloma humano (HPV) está transformando a prevenção do câncer de colo do útero em uma história de sucesso comprovada pela ciência. Um estudo realizado na Suécia, com mais de 1,6 milhão de meninas e mulheres entre 10 e 30 anos, acompanhadas de 2006 a 2017, mostrou uma redução de até 88% nos casos de câncer invasivo entre aquelas vacinadas antes dos 17 anos. Pesquisas semelhantes realizadas nos Estados Unidos e no Reino Unido também apontaram queda expressiva na incidência de lesões pré-cancerosas e tumores nas populações vacinadas.
O HPV é responsável por cerca de 70% dos casos de câncer de colo do útero no mundo. A vacina impede a infecção pelos tipos mais agressivos do vírus, bloqueando a evolução para lesões que, ao longo dos anos, podem se transformar em câncer.
Os melhores resultados ocorrem quando a imunização é feita antes do início da vida sexual, período em que o organismo responde melhor à proteção. Ampliar a cobertura vacinal e manter os exames preventivos regulares são passos fundamentais para que esse tipo de câncer se torne cada vez mais raro.
A vacinação contra o HPV representa um dos maiores avanços da medicina moderna e reforça a importância da prevenção como o caminho mais eficaz para salvar vidas.
BRASIL REGISTRA 187 ESTUPROS POR DIA NO PRIMEIRO SEMESTRE
Os números da violência sexual no Brasil continuam alarmantes. No primeiro semestre deste ano, foram registrados cerca de 34 mil casos de estupro, o que representa uma média de 187 vítimas por dia. Por trás desses dados, há histórias de dor, medo e silenciamento, muitas vezes vividas dentro de casa e cometidas por pessoas próximas.
A maioria das vítimas continua sendo crianças e adolescentes, classificadas como casos de estupro de vulnerável. Esse dado mostra que o problema está enraizado em um contexto de desigualdade, machismo estrutural e falta de proteção efetiva. O crime sexual ainda é tratado com vergonha, o que contribui para a subnotificação e dificulta a punição dos agressores.
A realidade brasileira exige mais do que indignação. É preciso prevenção, educação e acolhimento real. Políticas públicas integradas, campanhas permanentes e capacitação dos profissionais que atuam na ponta são medidas urgentes.

