"Pode chamar CIA, Mossad, FBI e até a Nasa. Não fazem o que a gente faz", diz chefe da polícia do Rio sobre megaoperação com 119 mortos
Em entrevista coletiva, nesta quarta (29), Felipe Curi chamou de "engenheiros de obras prontas que falam um monte de besteira na televisão" as pessoas que contestaram a ação e apontaram possíveis falhas de planejamento do estado
Publicado: 29/10/2025 às 13:17
Policiais durante a Operação Contenção na favela Vila Cruzeiro, no complexo da Penha, no Rio de Janeiro ( MAURO PIMENTEL / AFP)
O chefe da Polícia Civil do Rio de Janeiro, Felipe Curi, partiu para o ataque aos críticos da megaoperação realizada na terça (28), na Zona Norte da capital fluminense, a mais letal da história, com 119 mortos.
Em entrevista coletiva, nesta quarta (29), ele chamou de “engenheiros de obras prontas que falam um monte de besteira na televisão” as pessoas que contestaram a ação e apontaram possíveis falhas de planejamento do estado.
“Foi exatamente o que nós queríamos. Pode chamar a CIA, o Mossad, FBI e até a Nasa. Não fazem o que a gente faz”, declarou.
Felipe Curi se referiu a forças de segurança e inteligência dos Estados Unidos e Israel, famosas no mundo inteiro, e até a agência espacial dos EUA. Também criticou quem afirmou que “era necessário chamar a Força Nacional de Segurança”, do governo federal.
“A Força Nacional não é especialista nesse tipo de ação. Todas as vezes que elas foram acionadas, tiveram que ser resgatadas pelas polícias do Rio”, acrescentou.
Curi disse, ainda, que é necessário “desmistificar narrativas de narcoativistas”. “Policial é herói e não pode ser tratado como vilão. O policial estava lá por pessoas de bem, que são oprimidas pelos narcoterroristas, cobrando taxas, botando barricadas e assediando as filhas deles”, disse.
O chefe da Polícia Civil também mandou “recado” para quem chamou a operação de “chacina”. “Chacina é a morte indiscriminada e ilegal de várias pessoas ao mesmo tempo, de forma aleatória. Ontem, foi uma operação para cumprir 180 mandados de busca e 100 de prisão. Quem foi para o confronto foi neutralizado (morto)”, disparou.