Morre em Brasília o jornalista Luiz Recena Grassi, aos 73 anos
Velório está marcada para as 15h de quarta-feira (15) em Brasília
Publicado: 14/10/2025 às 21:20

Jornalista Luiz Recena Grassi dedicou mais de 40 anos à vida profissional (Foto: Arquivo pessoal)
O jornalista Luiz Recena Grassi faleceu na madrugada desta terça-feira (14), às 00h29, em Brasília, aos 73 anos. Nas últimas semanas, ele vinha enfrentando problemas de saúde e estava sob acompanhamento médico.
O velório será feito na quarta-feira (14), das 15h às 17h, na Capela 7 do Campo da Esperança, na capital federal. A cerimônia de cremação está marcada para quinta-feira (15) e será restrita aos familiares.
Com mais de 40 anos dedicados ao jornalismo, Recena construiu uma trajetória marcada por reportagens históricas e passagens por veículos de peso no Brasil e no exterior e atuou como editor executivo no Diario de Pernambuco.
Foi correspondente internacional na extinta União Soviética, em Moscou, durante o período da Perestroika, permanecendo no país por oito anos. Depois, viveu em Paris, onde também atuou como correspondente.
Recena foi o primeiro jornalista brasileiro a entrar na usina de Chernobyl após o desastre nuclear e entrevistou nomes de destaque mundial, como Mikhail Gorbatchov, Fidel Castro, Fernando Henrique Cardoso e Gabriel García Márquez. Também cobriu conflitos e atentados no Oriente Médio, incluindo a Faixa de Gaza.
Entre 1982 e 1985, trabalhou na Rede Globo, onde foi chefe de reportagem e editor do Jornal Nacional e do Jornal da Globo.
De 1986 a 1997, atuou no Correio Braziliense, inicialmente como repórter especial e depois como correspondente internacional em Moscou e Paris. Nesse período, também colaborou com a agência russa Tass, na editoria de notícias em português, e manteve contribuições para veículos como Jornal do Brasil, Agência Estado, Rádio Eldorado, Diário de Notícias (Lisboa) e Deutsche Welle.
Entre 1998 e 2004, foi diretor de redação da Gazeta Mercantil, chefiando as sucursais de Brasília, Recife e Rio de Janeiro. Mais tarde, em 2005, liderou a reformulação editorial da Tribuna do Brasil, como editor-chefe.
Formação
Formado em Comunicação Social pela Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), em 1975, Recena era reconhecido pelo senso crítico e dedicação à apuração rigorosa dos fatos.
Além do trabalho nas redações, também se dedicou à literatura. Publicou o livro “Baco - Em busca da pizza perfeita” (Editora Senac/DF, 2009), que conta a história de uma tradicional pizzaria de Brasília. Escreveu ainda “Rússia Condenada: A primeira guerra mundial com alta tecnologia”, baseado em suas experiências como correspondente, e foi editor responsável pela obra “Constituição & Democracia”.

